Soldado é detido com carcaça de lançador de mísseis em Macapá

Homem, denunciado por moradores da comunidade do Macacoari, informou que artefato estaria com o militar, na capital
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OLHO DE BOTO

Um soldado do Exército Brasileiro foi detido na noite de terça-feira (4), no Bairro Infraero, na zona norte de Macapá, com a carcaça de um armamento militar AT4, que lança mísseis.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou até o soldado após atender uma ocorrência na comunidade do Carmo do Macacoari, em Itaubal, a 100 quilômetros da capital. moradores ficaram assustados e denunciaram que alguém estaria fazendo disparos com o artefato, de uso restrito das Forças Armadas.

Na localidade, os policiais foram até o endereço indicado na ocorrência e encontraram o homem denunciado por deflagrar o armamento. De acordo com o delegado Nixon Kennedy, Wenderson Santana Marques negou estar em posse do objeto, porém acabou informando que o suposto lança-míssil estaria com o soldado, na zona norte de Macapá.

Delegado Nixon Kennedy: suspeito preso com arsenal informou localização do armamento. Foto: Olho de Boto

Após revista na residência do suspeito em Itaubal, o Bope encontrou uma vasta quantidade de armas e o homem acabou assumindo a posse de espingardas, armas de pressão, uma grande quantidade de munição e fuzis. Diante dos fatos, Wenderson Santana Marques foi detido e conduzido para o Ciosp do Pacoval.

Após diligências, o soldado que detinha o AT4 foi localizado pelo Bope em sua residência, no Bairro Infraero, na zona norte de Macapá . A polícia confirmou que ele detinha o material bélico.  

Artefato militar é de uso proibido. Foto; ilustração/reprodução-internet

O soldado foi detido e encaminhado para o 34º BIS, juntamente com a arma.  

“O Wenderson foi encaminhado para audiência de custódia. Disse que as armas eram para fins de caça mas, pela quantidade e diversidade, há a suspeita de que ele faça  comércio do aramamento”, concluiu o delegado Nixon Kennedy. 

Armas encontradas com suspeito em Itaubal. Foto: reprodução

Exército explica sobre o armamento

Em nota, a 22ª Brigada de Infantaria e Selva do Exército informou que o artefato encontrado se trata de uma carcaça de uma arma anticarro chamada “AT4”. O armamento é feito de plástico e realiza um único tiro. Segundo o Exército, após o uso o objeto se torna inerte. 

Sobre os supostos tiros ouvidos pela comunidade do Macacoari, os envolvidos teriam explicado que colocaram fogos de artificio no interior do estojo do AT4.

“Apesar de ser material inerte, o mesmo é sempre controlado e guardado em reserva de armamento para que seja utilizado em exercícios, como meio auxiliar de instrução ou que sejam recolhidos para destruição. O desvio do material está sendo apurado em processo administrativo na Organização Militar”, explicou ainda a brigada na declaração oficial.

Foto de capa: Rodrigo Indinho

Seles Nafes
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