Bope, fake, catarata: o Amapá é mais que isso

Waldez e Capi estão reeditando as mesmas discussões em todos os debates
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Crônica, por SELES NAFES

Os candidatos ao governo do Amapá, Waldez Góes (PDT) e João Capiberibe (PSB), perderam uma bela oportunidade de discutir problemas específicos do Estado durante o debate da noite desta quinta-feira (25) na Rede Amazônica, afiliada da Rede Globo.

Mais uma vez, como ocorreu em debates anteriores, as expressões “fake news”, cirurgias de catarata, paternidade da criação do Bope e desmilitarização da PM foram a coluna vertebral do enfrentamento entre os dois candidatos que serão votados no próximo domingo (28).

A Rede Amazônica mais uma vez deu um show em capacidade técnica, mas os candidatos ignoraram temas mais específicos dentro dos eixos sorteados pelo mediador do programa, o jornalista Roberto Paiva.

Na hora de formular sobre economia, por exemplo, os candidatos preferiram avaliar seus mandatos anteriores e formular propostas genéricas, como a industrialização a partir dos grãos de soja e milho, duas ideias bastante defendidas por ambos na campanha, mas de forma muito rasa.

Ficaram de fora do debate o estímulo à fabricação de produtos com matéria prima da Amazônia, como fármacos, produtos de higiene e cosméticos, que são a finalidade da Zona Franca Verde. A Zona de Processamento de Exportação (ZPE), produção mineral, vocação das unidades, e os incentivos à instalação de empresas nos municípios, o que mudaria radicalmente a qualidade de vida do homem do interior, nada disso foi debatido.

A eleição virou uma guerra entre fato e fake, passado e presente. A verdadeira discussão ainda não foi travada.

Lembrando que nesta sexta-feira (26) ainda haverá o último debate da televisão, desta vez na TV Equinócio, afiliada da Rede Record no Amapá.

Seles Nafes
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