Doença de Chagas: Números em Macapá ultrapassam registros de 2017

Açaí continua sendo o principal meio de contaminação da doença
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ANDRÉ SILVA

Três novos casos de doença de chagas recentemente registrados em Macapá já colocam 2018 à frente de 2017 no índice de ocorrências confirmadas.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal, os diagnósticos ocorreram de agosto a outubro deste ano. Dois casos foram registrados no Bairro Cuba de Asfalto, na zona sul da cidade.

Com os novos registros, subiu para 14 o número de contaminados neste ano, sendo dois deles oriundos do distrito de Piassacar, do município de Santana. Os pacientes estão abrigados na capital, no Bairro Pantanal.

Os dados são do boletim epidemiológico da semana 37, que aponta o Bairro Pantanal como a região com maior incidência de casos da doença. Outros bairros, como Pacoval e Buritizal, aparecem ainda com dois casos, cada um. Veja abaixo a relação de casos, por bairro, comparado com o ano de 2017.

Tabela mostra índices da doença

O boletim esclarece que dos 21 casos da doença registrados em 2017, 11 são de fora da cidade. Ou seja, os números de Macapá somaram dez casos.

A prefeitura montou um plano estratégico para conter a contaminação da doença, segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica, Ingridi Martins. Ela informou que setores ligados à entidade fazem parte do plano, sendo eles as vigilâncias Ambiental, Sanitária, Epidemiológica e a Atenção Básica de Saúde.

“No plano está a divulgação do fluxo de como proceder na UBS, quando os pacientes chegarem, educação e saúde que é quando a equipe vai à escola fazer orientações, como já estamos fazendo nas casas. Na semana que vem, nós já vamos intensificar os trabalhos no Macapaba”, falou a diretora.

Diretora da Vigilância Epidemiológica, Ingridi Martins Foto: André Silva

O Cidade Macapaba foi escolhido por ser um bairro muito próximo da região de mata, habitat ideal para o mosquito. Ali, segundo a diretora, serão colocadas armadilhas na tentativa de capturar o inseto.

Ingridi informou que a vigilância ainda não chegou a uma conclusão sobre a origem do açaí contaminado, que causa a doença.

Seles Nafes
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