Além de rever a Renca, Lucas diz que irá buscar a ampliação dos benefícios fiscais da Zona Franca Verde
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SELES NAFES
O senador eleito pelo Amapá, Lucas Barreto (PTB), disse que uma das primeiras iniciativas em Brasília será provocar a rediscussão sobre a Reserva de Cobre do Amapá (Renca), e organizar um evento para apresentar o Estado a investidores de fora, que possam instalar empresas e gerar empregos.
Lucas foi eleito com 128.186 votos, conquistando a 2ª vaga para o Senado e vencendo a rival, Janete Capiberibe (PSB), que ficou com 125.123 votos.
Em entrevista na manhã desta segunda-feira (8) ao Portal SelesNafes.Com, o senador lembrou que o Amapá tem hoje cerca de 90 mil pessoas sem trabalho, a maior taxa de desempregados do país.
Lucas disse que chegou a hora de explorar as riquezas naturais do Amapá, com responsabilidade social e ambiental. Segundo ele, o Estado é um dos mais ricos do Brasil por possuir uma província mineral, rios, gás, petróleo e florestas reservadas.
“Temos que preservar, mas o mundo tem que nos compensar por isso. Esse ativo ambiental tem que beneficiar o povo, que está na pobreza contemplando a natureza”, ironizou.
Ele também disse que irá cobrar mais compensações das hidrelétricas que geram e exportam energia.
“O Araguari nasce e deságua no Amapá, por isso é um rio amapaense e podemos legislar sobre ele. Mais de 50 quilômetros de área foram inundados, e a madeira da supressão vegetal ficou no fundo do rio apodrecendo. Isso é um crime”, ponderou, referindo-se à alternativa de doação da madeira que não fo levada em consideração.
Lucas garantiu que nenhuma outra unidade de conservação será criada pelo governo federal no Amapá sem que a sociedade e a classe política sejam consultadas.
Renca
O senador Lucas Barreto adiantou que pretende buscar uma nova regulamentação que garanta a exploração sustentável da Renca, sem ameaçar nenhuma unidade de conservação ao redor.
Lucas garantiu que novas unidades de conservação só serão criadas quando o Amapá for ouvido. Foto: Arquivo/SN
De acordo com ele, a Renca é rica em fosfato, mineral essencial para enriquecimento do solo para a agricultura.
“É a base de qualquer planta que vai nascer. Temos esse macro-nutriente em grande quantidade, e está na parte Sul da Renca, onde é fácil de explorar. No caso do ouro, a área degrada é muito pequena e de fácil reposição”, informou.
Evento
Outra estratégia é expandir os benefícios fiscais da zona franca verde para municípios como Calçoene e Oiapoque, que são cidades pesqueiras.
Lucas finalizou adiantando que pretende promover um fórum empresarial, a partir do ano que vem, com a presença de investidores de outros estados e países que poderão conhecer os incentivos fiscais, áreas e potencialidades do Amapá, especialmente no campo do turismo.
