DA REDAÇÃO
Falta estrutura e profissionais para o desenvolvimento das atividades do Centro de Atendimento ao Surdo (CAS). É o que constatou o Ministério Público do Amapá (MP-AP), após inspeção no espaço no último dia 4, comandada pela promotora de Justiça Fábia Nilce, que responde pela Promotoria de Defesa dos Direitos Constitucionais (PJDC). Foi aberto procedimento sobre o caso.
Entre a demanda de profissionais confirmadas pelo MP, está a de intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Criado em 2006, o CAS tem o objetivo de ofertar formação continuada aos educadores que possuem alunos surdos e com deficiência auditiva. O centro funciona em um prédio alugado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), ao custo de R$ 250 mil anuais. No mesmo local também foi instalado o Centro de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação.
“Não tem central de ar nas salas e é impossível trabalhar com esse calor. As questões de acessibilidade são pouco respeitadas, com apenas um banheiro adaptado; o local é insalubre, sujo, sem garagem, não tem internet e nas paredes de gesso não se pode colocar um único quadro ou cartaz. Falta ainda material didático e não há segurança, tanto que o prédio já foi assaltado, porque não existe qualquer controle na entrada”, relatou a promotora de Justiça Fábia Nilce.
Para dar encaminhamento, o MP-AP reuniu com dirigentes da Seed e do CAS, a fim de encontrar uma solução administrativa que agilize os reparos e adequações necessários ao funcionamento efetivo do Centro. A secretária adjunta de Gestão de Pessoa da S, Neirian Quadros disse que no prazo de 20 dias as atividades no Centro serão retomadas.