OAB acompanhou o depoimento do advogado e pediu mais cautela da PF
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SELES NAFES
O advogado preso pela Polícia Federal do Amapá, no início da tarde desta quarta-feira (28) na Operação Rapina, foi solto após prestar depoimento. A PF investiga saques de precatórios com uso de documentos falsos. Os valores não foram divulgados.
“A delegada identificou que ele não teve nenhuma participação fraudulenta na atividade do exercício profissional, o liberou e já está em casa”, informou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Amapá, Paulo Campelo, que acompanhou o depoimento.
O advogado era um dos alvos da operação que no total cumpriu cinco mandados de prisão temporária (5 dias). No entanto, ele não permaneceu preso como os outros investigados que foram encaminhados para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
A PF passou a investigar o grupo a partir de denúncias da própria Caixa Econômica Federal que registrou duas ocorrências de tentativas de saque de precatórios.
Segundo as investigações, as procurações usadas tinham sido expedidas e autenticadas no mesmo cartório na cidade de Barcarena (PA), onde também foram cumpridos mandados de prisão pela PF nesta manhã.
Campelo garante que o advogado foi envolvido pela quadrilha, e acredita que ele será retirado do inquérito. A PF ainda não se pronunciou sobre a possível participação do advogado.
A OAB deve divulgar uma nota ainda nesta quarta-feira, onde pedirá mais cautela à PF “para salvaguardar profissionais como advogados, promotores e juízes. Muitas vezes essas pessoas são envolvidas em situações e acabam tendo sua honra e dignidade manchadas pelo escárnio público”.
