Advogado responderá acusação em liberdade; defesa diz que celulares foram repassados por agentes

Caso irá à Justiça. Em depoimento, detento disse estar em posse dos objetos antes de ser atendido no parlatório do presídio
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OLHO DE BOTO

Após ser lavrado um Termo Circunstanciado (TC), o ex-vereador e advogado Washington Picanço responderá em liberdade acerca da acusação de ter supostamente entregado celulares a um interno do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), durante atendimento jurídico.

Segundo o delegado José Manoel Pacheco, plantonista do Ciosp do Pacoval, o detento, que é cliente do advogado, assumiu ser o dono dos dois celulares, dois carregadores e um fone de ouvido apreendidos.

“O advogado foi liberado, assinou termo de compromisso, o detento retornou ao Iapen. O apenado assume os objetos e o advogado nega todos os fatos, a investigação é preliminar, encaminhamos para a Justiça”, disse o delegado.

Delegado José Pacheco: advogado nega acusações Foto: Olho de Boto

O apenado relatou ainda ter recebido os celulares das mãos de um agente penitenciário, mas não deu nomes.

Washington Picanço é acusado pelos agentes de plantão no Iapen de ter repassado celulares ao detento durante atendimento no parlatório da penitenciária.

Defesa

A acusação é questionada pelo advogado Maurício Pereira, que diz que, durante o depoimento, o preso declarou que portava os objetos para repassar a outro preso que fica trabalhando nas proximidades do parlatório.

Após ser atendido pelo advogado, o interno teria ido até a área administrativa falar com o coordenador e ao sair do local foi abordado para ser revistado.  

“Nesse momento, ele tenta correr e os agentes pegam com ele esses objetos”, disse Maurício Pereira. 

Washington Picanço: situação forjada Foto: Rodrigo Indinho

De acordo com o advogado, ao ser perguntado pelo delegado como foi que obteve os objetos, o peso disse que quem coloca celulares no presídio são os próprios agentes penitenciários e que ele não daria nomes.

“O advogado não tinha consigo uma bolsa, estava de terno, passou pelo detector de metais, ele não ousaria passar ali com aquela gama de objetos e nós entendemos, realmente, que nosso colega está sendo constrangido, passando por um vexame desnecessário e calunioso”, complementou.

Maurício Pereira finalizou informando que a Comissão de Prerrogativas da OAB-AP está preparando um relatório sugerindo algumas medidas que devem ser tomadas sobre o caso. 

Seles Nafes
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