RODRIGO INDINHO
Palco tradicional de domingueiras, bailes carnavalescos, eventos juninos e utilizada como casa de shows, hoje a sede da Associação Esportiva e Recreativa CEA (Aerc) está irreconhecível. A estrutura foi saqueada e está toda deteriorada.
A entidade amapaense sócio-recreativa foi fundada em 17 de Outubro de 1980. Na tarde desta terça-feira (27), o Portal SelesNafes.Com no clube que fica localizado na Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, número 3483, no Bairro Santa Rita, área central da capital.
Na entrada do clube, janelas quebradas, mato e lixo. Enquanto autoescolas ministram aulas práticas no estacionamento, os portões se encontram escancarados e sem vigias fazendo a segurança; já a recepção parece não ser limpa há meses.
Dentro do local, logo se percebe que as telhas de alumínio foram roubadas, os banheiros e camarotes saqueados e até as tábuas do palco foram arrancadas. No meio do salão, o chão está empoeirado e os ventiladores pendurados prestes a cair.
A área onde ficam duas piscinas, uma seca e outra com a água escura e com lodo, também não está em bom estado de conservação, tem muito lixo, mato e até eletrodomésticos quebrados. O espaço acaba servindo como criadouro para o aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Atrás do palco mesas de jogos foram abandonadas e uma lixeira viciada se formou em meio a mais mato alto.
Moradores do entorno, que não serão identificados, disseram que vai completar um ano que o local está assim, sendo invadido e depredado por usuários de drogas.
“É direto gente fumando drogas, assaltando e fugindo aí pra dentro. Como não tem ninguém vigiando, eles fazem o que querem. Agora, vai um pai de família construir um barraco aí, logo chamam a polícia. Então poderiam fazer algo melhor, mais pro povo”, disse uma moradora.
Presidência da Aerc
Por telefone, José Viana, que na presidência da Aerc, disse que há quatro meses o prédio vem sendo furtado depois do falecimento de um integrante da diretoria, e alegou uma série de situações para que o local esteja com sinais de abandono.
Uma delas foi a saída dos integrantes do conselho assim que nova diretoria assumiu a gestão. Outra, foi o grande acúmulo de dívidas de gestões anteriores que se tornaram uma enorme bola de neve de saldo devedor.
O presidente disse ainda que medidas estão sendo tomadas junto com os sócios, parceiros e com a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) para que se resolvam os problemas e o ambiente seja restaurado e volte a ser utilizado.