Barbárie: amapaense é enforcado em praça na Bolívia

Família nega que brasileiro tenha cometido crime. Em vídeo antes de morrer, ele tenta se explicar
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ANDRÉ SILVA

O amapaense Vinícius Chagas Maciel, de 32 anos, foi barbaramente espancado e enforcado por moradores da cidade de San Julían, na Bolívia. A barbárie foi filmada por moradores da localidade e as imagens foram disseminadas nas redes sociais. O fato teria acontecido na noite de segunda-feira (19).

As informações, que circulam nas redes sociais e que podem ser lidas em diversos portais de notícias do país vizinho, são que Maciel estava acompanhado de outro homem quando, supostamente, teriam tentado assaltar um morador. A imprensa diz ainda que no momento da fuga os moradores teriam capturado apenas o brasileiro.

Família de Vinícius Chagas Maciel afirma que ele trabalhava no país vizinho Foto: reprodução/arquivo familiar

Depois do espancamento, Maciel foi pendurado pelo pescoço com uma corda em praça pública e morreu enforcado.

O amapaense tinha uma filha de 6 anos, era casado e morava com familiares na município de Santana, a 17 quilometros de Macapá. Segundo a irmã dele, Vitória Maciel, o irmão foi até a Bolívia à procura de trabalho. Ele viajou acompanhado de um amigo e, chegando lá, teria conseguido emprego em uma borracharia. Como o trabalho não era fixo, Maciel passou a realizar pequenos “bicos” pela cidade.

“Meu irmão não é bandido, ele é trabalhador e ajudava muito minha mãe. As pessoas quando saem daqui vão a trabalho e não para serem bandidos”, desabafou a irmã ao Portal SelesNafes.Com nesta quarta-feira (21).

Mesmo após ter se explicado, amapaense teve o pescoço amarrado em uma árvore Foto: reprodução/redes sociais

No vídeo de um noticiário local, Maciel aparece dominado tentando explicar o que havia acontecido. Ele dizia que teria ido a mando de outra pessoa buscar um dinheiro. Ainda tentou se defender conversando com uma das pessoas que estavam no local, mas não adiantou. Assista.

Maciel corria o risco de ser enterrado como indigente porque, em meio às agressões, teve os documentos e o celular furtados.

Na tentativa do translado do corpo, a família entrou em contato com o Consulado Brasileiro em busca de apoio com as despesas, mas não tiveram o pedido atendido.

Agora, eles tentam arrecadar a quantia de R$ 15 mil para trazer o corpo do brasileiro de volta para Santana onde será enterrado. Para ajudar nos custos, as pessoas podem entrar em contato pelo telefone 99137-7744.

Seles Nafes
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