SELES NAFES
O superintendente da Polícia Federal no Amapá, Dorival Ranucci, disse nesta segunda-feira (5) que envolver a sociedade no uso de um aplicativo de informações de controle de gastos públicos aumentará a efetividade no combate à corrupção.
Foi durante o lançamento do Amapá HackFest, evento organizado pelo Ministério Público do Estado (MP) que visa estimular a criação de aplicativos que ajudem no combate à corrupção.
O superintendente da PF informou que as investigações já usam ferramentas de indexação, busca de dados e associação de dados. Mas, segundo ele, as fotos que forem postadas nos aplicativos que serão desenvolvidos poderão compor um conjunto probatório, ou, no mínimo, serão informações úteis que poderão levar a uma prova.
“Com uma iniciativa dessa você tem condições de criar, com a opinião das agências que combatem a corrupção, ferramentas que realmente vão ao encontro daquilo que você pretende encontrar. E quando se disponibiliza isso para o cidadão, você passa a ter um número maior de fiscais da lei”, avaliou o superintendente.
O Amapá HackFest será realizado entre os dias 7 e 9 de dezembro. As três melhores ideias terão cerca de 1 mês para se transformarem em aplicativos que auxiliem as agências de fiscalização e combate à corrupção, como já ocorre na Paraíba, onde nasceu o evento.
O chefe do Grupo de Combate à Corrupção do MP (Gaeco), o promotor Afonso Guimarães, disse que será uma grande oportunidade de integração entre órgãos de controle e a sociedade.
“É muito importante que a sociedade não apenas ouça falar de corrupção, mas que ela comece a interagir para a gente reduzir os índices no Brasil que são muito alarmantes”, ponderou.
Várias empresas abraçaram o evento, como a Você Telecom, o maior provedor de internet do Estado.
“Além de ser um evento que ligado a um tema que é o combustível que move a empresa (tecnologia), é um evento que visa uma participação social sobre um dos maus da nossa sociedade, que é a corrupção”, comentou a diretora comercial da Você Telecom, Thainá Gemaque.