IBGE: Expectativa de vida aumenta no Amapá, mas mortalidade infantil é a maior do Brasil

Por outro lado, a taxa de mortalidade infantil é a maior do Brasil
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SELES NAFES

Pesquisa do IBGE divulgada esta semana aponta que o amapaense está vivendo mais. Para ser mais exato, 74 anos, dois meses e 12 dias, afirma o levantamento. Os dados são de 2017.

Em relação a 2016, o resultado indica um aumento de três meses e 18 dias, em média. Para os homens, a expectativa aumentou, mas continua abaixo do que ocorre com as mulheres.

Homens:

2016: 71,3 anos

2017: 71,6 anos

Mulheres   

2016: 76,7 anos

2017: 76,9 anos

Entre os estados da Amazônia, o Amapá está melhor do que Roraima e Rondônia, com 72 anos de expectativa.

A maior expectativa de vida do Brasil é dos habitantes de Santa Catarina: 79,4 anos.

Em seguida, com 78 anos, aparecem:

Espírito Santo

Distrito Federal

São Paulo

Rio Grande do Sul

A vida é mais curta para quem vive no Maranhão: 70,6 anos.

Mulheres continuam procurando mais o médico

Cultura

A pesquisa não apontou quais fatores são determinantes na expectativa de vida, mas o presidente do Conselho Regional de Medicina no Amapá (CRM), Eduardo Monteiro, diz que o resultado reflete a cultura masculina de procurar o médico menos que as mulheres.

“O câncer de próstata tem incidência de 10%, mas o homem só costuma procurar o médico quando já está com alguma obstrução. Mas isso está mudando, principalmente por causa da conscientização que é o objetivo do Novembro Azul”, ponderou.

 Mortalidade infantil

Apesar da expectativa de vida ter aumentado, o Amapá passou a ser o Estado onde há a maior taxa de mortalidade infantil. São 23 óbitos para cada mil nascimentos.

Bebê que faleceu na semana passada em parto de trigêmeos. Fotos: Arquivo

Esse resultado está muito acima da média nacional, que é de 12,8 para cada mil nascimentos. A menor taxa é do Espírito Santo, com 8,4.

“Isso tem muito a ver com a falta de pré-natal na atenção básica. (…) Também é preciso que exista uma maternidade específica para partos de alto risco”, apontou o presidente do CRM.

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