Agentes da Agência Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) estão inspecionando frutas que chegam ao Amapá das ilhas do Pará. O objetivo é evitar a proliferação da mosca da carambola, inseto prejudicial para as plantações de frutas no Estado.
Na manhã de sábado (17), os fiscais estiveram no Canal das Pedrinhas, no bairro Jardim Equatorial na zona sul de Macapá.
Em uma das inspeções, os agentes recolheram produtos possivelmente contaminados. Eles estavam em uma embarcação na Rampa do Santa Inês, vinda de uma localidade paraense.
O diretor da Diagro, Renato Ribeiro, afirmou que a inspeção foi intensificada já que há registros das larvas do inseto em produtos comercializados no Estado vizinho, Pará, oriundos das ilhas de Melgaço e Breves. Por serem próximas ao Amapá, o risco de a praga vir a bordo é grande.
Passageiros são orientados quanto à prevenção da praga
“Estamos em uma evolução de 10 anos da saída dessa mosca do Oiapoque até chegar a Macapá. Essa mosca tem predileção por qualquer fruta, não só a carambola”, afirmou o diretor.
A agência atua também com borrifação de inseticidas próprios para controlar a praga em áreas de mata e plantações.
Outra dificuldade apontada pelo diretor é a comercialização das frutas em portos não reconhecidos pelo Estado, haja vista que são muitos e estão espalhados em vários pontos.
“Quando a gente está abordando uma embarcação maior, porque damos prioridade aquelas com maior quantidade de passageiros, temos as pequenas se movimentando. Os frutos vindos de outro estado chegam aqui e vão para as distribuidoras”, pontuou Ribeiro.
Praga
Essa espécie de mosca entrou no Amapá vindo da Guiana Francesa. A infestação ocorre muito rapidamente, pois a fêmea é capaz de pôr até 800 ovos de uma só vez, e voar até 5 mil km em um dia.
Do ponto de vista de saúde pública, o inseto é inofensivo para o homem, podendo gerar apenas a contaminação por bactéria, mas para as plantações pode ser extremamente prejudicial, como informou a agência.
