Deputadas do Amapá são alvo de operação da Polícia Federal

Elas foram eleitas, e agora são investigadas por compra de votos
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SELES NAFES

Residências de duas deputadas eleitas no Amapá foram alvos do cumprimento de mandados de busca e apreensão no início da manhã desta quinta-feira (6), em Macapá. Quatro ordens judiciais foram cumpridas no inquérito da Polícia Federal que investiga a compra de votos no primeiro turno das eleições.

A PF não divulgou os nomes das deputadas envolvidas, mas o Portal SelesNafes.Com conseguiu confirmar que uma delas é a deputada federal eleita Aline Gurgel (PR).

No imóvel dela, situado no Bairro Jardim Equatorial, na zona sul de Macapá, os policiais apreenderam celulares usados na campanha e documentos. Também houve o cumprimento de mandados em casas de assessores das campanhas das duas deputadas.

O Portal SN ainda não conseguiu falar com a deputada Aline Gurgel e nem com o marido dela, o empresário Hildegard Gurgel, que chegou a atender os policiais e acompanhá-los até a viatura durante o transporte do material apreendido. O empresário aparentava estar tranquilo.

Policiais cumpriram 4 mandados. Foto: PF/Divulgação

Empresário Hildegard Gurgel acompanha policiais federais. Foto: Leonardo Melo

A “Operação Cícero”, como foi batizada pela PF, investiga um esquema que teria funcionado entre agosto e outubro deste ano durante a campanha eleitoral, e teria doado botijões de gás, medicamentos e produtos hortifrutigranjeiros a eleitores.

O mesmo esquema também teria articulado a marcação de consultas médicas em troca de votos para as duas candidatas, além do transporte ilegal de eleitores nos bairros das Pedrinhas e Araxá com “a ativa organização da candidata em benefício próprio”.

Além das penas que podem chegar a 13 anos de prisão, as candidatas eleitas poderão ter os diplomas cassados.

É a primeira vez que a Polícia Federal no Amapá realiza uma operação desse porte para investigar crimes eleitorais depois da eleição concretizada, e a poucos dias da data de diplomação dos eleitos. 

A PF explicou que o nome da operação se refere à obra de Quintus Tullius Cícero, que escreveu na Roma Antiga o manual de estratégias denominado “Como ganhar uma eleição”. 

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