SELES NAFES
Agora é definitivo no campo administrativo, mas a questão deve parar na Justiça. A presidência do Ibama rejeitou recurso da francesa Total e não vai mesmo emitir a licença ambiental para perfuração de poços de petróleo na costa do Estado do Amapá.
No início do mês, o instituto havia negado a licença por considerar que a Total não apresentou um plano de emergência em caso de vazamento, citando possíveis danos ambientais graves a regiões costeiras da Guiana Francesa e do Brasil.
Também não havia explicações, segundo o Ibama, sobre a existência de parcerias com outros países para colocar em prática o plano de contenção. Ainda de acordo com o instituto, a empresa recebeu várias oportunidades de corrigir o plano, mas não o teria feito.
O Greenpeace afirma que no local onde os poços seriam perfurados está um grande recife de corais numa área que começa no Maranhão e vai até a Guiana Francesa. Essa versão divide a opinião de pesquisadores. Alguns afirmam que a tese se baseia em fotos, e não tem informações científicas.
Os cinco blocos foram comprados pela Total por mais de US$ 200 milhões em 2013. Outros blocos foram adquiridos pela Queiroz Galvão e a inglesa BP.
A Total poderá recorrer à justiça brasileira.