IBGH diz que atendimento em UPA é normal, mas médicos negam

Apesar do posicionamento, médicos e outros profissionais continuam cumprindo aviso prévio e atendendo somente casos mais graves
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SELES NAFES

Apesar da demissão em massa de médicos e equipes de enfermagem, o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) divulgou um comunicado nesta sexta-feira (28) onde afirma que o atendimento na UPA da Zona Sul de Macapá segue normal. As equipes, que continuam cumprindo aviso-prévio, negam.

“A UPA está abastecida e todo o corpo de profissionais está trabalhando e atendendo à população, dentro do perfil da unidade”, afirma a empresa em nota.

Ainda segundo o IBGH, o governo do Estado teria se comprometido a regularizar todos os pagamentos. São 4 meses em atraso. O valor mensal não foi divulgado, mas seria superior a R$ 1 milhão.

A UPA foi terceirizada pelo governo num novo modelo de gestão. Em maio, o Estado contratou o IBGH, uma organização social de saúde para gerir a unidade. O instituto “quarteirizou” a contratação de médicos, técnicos de enfermagem, radiologia, entre outros profissionais, contratando outra empresa, a Medial Brasil.

Paciente com dores não recebeu atendimento. Fotos: Rodrigo Indinho

Outros também voltaram para casa

No último dia 19, os profissionais começaram a assinar aviso-prévio. Ontem, as equipes anunciaram que limitaram os atendimento apenas para casos de emergência, e muitos pacientes voltaram para casa sem sequer passarem pela triagem, conforme mostrou ontem o Portal SN.

“Não haverá paralisação nos atendimentos médicos e muito menos o fechamento da unidade como chegou a ser noticiado na imprensa. O Governo do Amapá e o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), Organização Social responsável pela gestão da UPA, estão empenhados em resolver à questão com celeridade, garantindo que não haja prejuízos à população”, concluiu.

Na manhã desta sábado (29), no entanto, o atendimento continuava limitado apenas aos casos considerados mais graves. O Portal SN também confirmou que o aviso-prévio dos profissionais também não foi cancelado. 

Apesar de ter sido procurada várias vezes, a Sesa ainda não se pronunciou a respeito do problema.  

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