Motoristas de aplicativos viram alvos de mototaxistas clandestinos

Agressões eram praticadas antes apenas pela
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ANDRÉ SILVA

Coação, pedradas e ameaças passaram a fazer parte da rotina dos motoristas de aplicativos em Macapá. Eles dizem que as agressões já partiam de taxistas, mas agora começaram a ser praticadas, também, por mototaxistas clandestinos da capital do Amapá.

Na manhã da última sexta-feira (7), em um porto no canal do Bairro das Pedrinhas, na zona sul da cidade, mais um caso de violência foi registrado. Desta vez, a agressão foi inusitada. Tudo porque os agressores foram um taxista e um mototaxista clandestino.

Assim que eles perceberam que o carro funcionava como transporte do aplicativo Uber, as agressões começaram. Quem conta a história é Wirlei Braga, que é amigo da vítima e também motorista do mesmo aplicativo.

“O mototaxista atirou um tijolo no vidro do carro. Ele e o taxista seguraram o passageiro e disseram que ninguém ia pegar Uber ali. A gente denuncia, mas os caras não param de fazer. Se a gente reagir perdemos a nossa razão. O que queremos é que isso pare”, indignou-se Braga.

Ele relatou ainda que a agressão e a coação chegaram ao passageiro também e só cessaram depois que o motorista de aplicativo ameaçou chamar a polícia e outros colegas de empresa.

“Quando as agressões começaram, logo o companheiro acionou o resto dos motoristas. Quando chegamos, eles já tinham saído. Mas isso não acontece só aqui em Macapá. A violência ocorre também no porto do Grego, em Santana, quando vamos buscar passageiros”, protestou.

Tenente Josiagab: ocorrência ainda rara. Foto: Olho de Boto

É a primeira vez que o sargento do 6º Batalhão de Policia Militar, Josiagabi, vê as duas classes envolvidas em uma agressão a um motorista de aplicativo, apesar de existirem outros casos semelhantes em bairros diferentes.

“A gente chegou a atender ocorrência logo quando o Uber começou a funcionar em Macapá, e sempre as agressões partindo de taxistas. Foi a primeira vez que vi os mototaxistas participarem”, disse o tenente.

Ele falou que poucas ocorrências desse tipo são geradas e viram boletins, pois quando os policiais chegam ao local os agressores já saíram. Na área do 6º Batalhão foi registrada apenas uma ocorrência.

Seles Nafes
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