Os contrastes de Santana vistos do alto

Imagens da Central de Comunicação mostram uma cidade dividida entre muitos altos e baixos da urbanização
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SELES NAFES, com imagens da Central de Comunicação

No dia em que completa 31 anos de criação, o município de Santana, distante 17 km de Macapá, ainda é uma cidade a quem o poder público deve muito.  

Fotografias tiradas do alto por um drone da agência Central de Comunicação revelam um mosaico de contrastes entre a parte urbanizada, com obras de mobilidade do governo do Estado, e a parte que ainda não recebeu nenhuma benfeitoria.

A diferença é grotesca como fica evidente nas fotos da Avenida José Deolindo, no Bairro Nova Brasília, onde o comerciante José Rufino só lamenta.

“Não tenho mais esperança de ver minha rua asfaltada”, desabafou.

Cruzamento da Avenida Castelo Branco com a Rua Presidente Costa e Silva

Avenida José Deolindo, no Bairro Nova Brasília: moradores já perderam as esperanças

Infelizmente, a urbanização não chegou em todas as ruas

Paisagem bem diferente do cruzamento da Avenida Castelo Branco com a Rua Presidente Costa e Silva. Nos últimos dois anos, o governo urbanizou 30 km da cidade.  

Somente o vereador Rarison Santiago (PRP) já protocolou na prefeitura de Santana mais de 100 requerimentos sobre mobilidade urbana.

“Pedimos a solução para a buraqueira das ruas. Somente uns 5 ou 6 foram atendidos”, informou o vereador.

Outras faces da cidade

As fotos também revelam paisagens que identificam a história da cidade, como a que mostra o antigo porto da Icomi, que desabou em 2013 quando a estrutura estava sendo passada da Anglo American para a Zamin.

Em outra imagem também é possível ver a estrada de ferro e os vagões abandonados.

Visitantes são saudados pela Bíblia…

Baixada do Ambrósio

Área abandonada da Icomi, que depois passaram para a Zamin

O município de Santana é o segundo mais populoso do Amapá, com quase 130 mil habitantes. É detentor de uma história que se confunde com a fundação do Território Federal do Amapá, e que em 1987 foi emancipado de Macapá.

O município recebe e acolhe os visitantes com saudações católicas e evangélicas nas ruas principais, portas de entrada: pela Rodovia Duca Serra, com a imagem da padroeira Santa Ana, e pela Área Portuária de Macapá com uma grande Bíblia. 

O Forte Cumaú

Local onde ficava o Forte Cumaú

Cumaú, foi a pioneira fortificação do Estado do Amapá. Sua estrutura foi erguida em meados de 1632, por invasores de países europeus que buscavam colonizar essa região. Atualmente, no local às margens do Igarapé da Fortaleza, só restam as marcas.

Banhada pelo Rio Amazonas

Cidade também é banhada pelo Rio Amazonas

Assim como Macapá, Santana também é banhada pelo majestoso Rio Amazonas que corta a sede principal da comunidade de Ilha de Santana, o primeiro vilarejo do município.

Praça Cívica

Praça Cívica…

Apesar de não receber investimentos, a Praça Cívica de Santana continua sendo a principal da cidade. Nela são realizados eventos e reuniões de igrejas e de famílias. Nos fins de semana, a comunidade santanense se encontra para degustar comidas típicas e a criançada faz a festa nos brinquedos privados existentes.

Avenida Santana

É a principal avenida da cidade. Nela está a região de comércio e uma vasta plantação de mangueiras. Na Área Portuária, onde inicia a Avenida Santana, a velha imagem da bíblia ainda existe e recebe os ribeirinhos que chegam ao município.

Cidade Ribeirinha

Transporte fluvial é um dos principais meios de locomoção

Igreja de Nossa Senhora de Fátima

O município de Santana concentra grande parte de comunidades ribeirinhas, a exemplo do Igarapé da Fortaleza, que recebe grande parte da produção de açaí vinda das ilhas do Pará e, também, onde há o embarque e desembarque de outros produtos, como a farinha.

Apesar de cosmopolita, Santana ainda guarda o ar de cidade ribeirinha, e é amada por seus moradores.

Seles Nafes
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