Polícia apura se agente estava de plantão quando matou primo

Segundo o delegado que investiga o caso, o agente havia deixado uma confraternização
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OLHO DE BOTO

Está preso, desde o fim da tarde de sábado (29), o agente penitenciário que matou o próprio primo durante uma discussão na orla de Macapá, em frente ao Parque do Forte, na madrugada do último dia 23. A polícia investiga se ele deveria estar de plantão no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) no momento do crime.

Anderson Luiz Dias, de 38 anos, se apresentou à polícia dois dias depois e confessou o homicídio. Segundo a polícia, Marcelo Brito Silva teria reclamado que quase foi atropelado pelo agente, que não gostou do protesto. Ele retornou com o carro e atirou na vítima que só depois foi reconhecida por ele como primo. O acusado confessou o crime, mas disse que agiu em legitima defesa.

“A própria vítima chegou a levantar os braços e reclamar que quase foi atropelada. O infrator já chegou com o vidro baixo e foi logo efetuando os disparos, sendo que dois quase acertaram um casal e um disparo atingiu a vítima fatalmente no abdômen”, contou o delegado Wellington Ferraz, que conduz as investigações.

Delegado Wellington Ferraz: tese de legítima defesa não se justifica. Foto: Olho de Boto

O delegado explicou que pediu à justiça a prisão temporária (30 dias) por se tratar de um crime hediondo, mas adiantou que irá pedir a conversão em prisão preventiva.

Confraternização

Uma das linhas de investigação apura se o agente deveria estar de plantão no Iapen. Ele e um colega estariam uniformizados, segundo testemunhas, e estariam retornando de uma confraternização. O agente negou estar sob efeito de álcool.

“Ele estava com outro agente, que não teve nada a ver com o crime. Se ele estava de plantão, não poderia ter largado o plantão. Mas isso ainda está sendo apurado”, comentou.

Agente teve prisão de 30 dias decretada. Foto: PC

“Ele reconhece o erro, mas diz que a vítima jogou uma lata de cerveja no carro dele. Não se evidenciou isso no inquérito. Por mais que tivesse jogado essa lata de cerveja, de forma alguma se justificaria retirar a vida de alguém”, acrescentou,

Anderson Dias foi conduzido para o Iapen, onde aguardará término do inquérito.  

Seles Nafes
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