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SELES NAFES

Ainda não será em 2019 que as obras da Rodovia Norte-Sul serão retomadas. A mais importante obra de mobilidade urbana do Amapá vai depender de emendas que ainda serão fruto de negociação entre o governador Waldez Góes (PDT) e a bancada federal.

As informações foram repassadas pelo próprio governador, numa audiência conduzida pelo juiz federal João Bosco Soares no último dia 13. Waldez alegou que valores atuais da obra pularam de R$ 63 milhões para R$ 71 milhões, depois do estudo feito por uma empresa contratada para realizar modificações no projeto original, que estaria equivocado.

De acordo com o governador, o projeto agora contempla dois viadutos: um para fazer a ligação com a Rodovia Duca Serra, e o outro para conectar com a BR-210, numa obra que será tocada pelo Dnit.

Juiz João Bosco ouve explicações do governador sobre o projeto da rodovia. Foto: Marcelo Loureiro/Secom

A rodovia começou a ser construída em 2011, durante o governo Camilo Capiberibe (PSB), e caminhou bem nos primeiros quatro quilômetros, até esbarrar na demora para que as terras da Infraero fossem transferidas para o governo, o que ocorreu somente em 2014. Mesmo assim, quatro anos depois, a rodovia não avançou nenhum centímetro.

Waldez Góes disse ao juiz, que analisa um processo movido pelo Ministério Público Federal, que se as emendas foram liberadas em 2020 a rodovia deverá ficar pronta em 2023.

“Agora, com o projeto executivo pronto, vamos iniciar as tratativas para fazer o termo de referência, abrir uma nova licitação, e correr atrás de novas fontes de recursos”, comentou o governador.

Falta de manutenção causou infiltração e destruição da base em vários pontos da rodovia

Vários pontos viraram lixeiras. Fotos: André Silva

Articulação com o Exército

Outra articulação necessária precisará ser feita com o Exército para a doação de 50 metros de um terreno às margens da Rodovia Duca Serra.

O Dnit também ficou de articular em 30 dias, na Superintendência do Patrimônio da União no Amapá (SPU/AP), a doação de uma área às margens da BR-210, e precisará apresentar um cronograma de demolições de edificações existentes no local.

Enquanto isso, o mato vai tomando conta das margens rodovia, que não tem passado por serviços de manutenção, sob responsabilidade da Secretaria de Transportes do Estado (Setrap).

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