Justiça manda soltar empresário investigado por homicídio

DEFESA DE GEANDRO FREITAS, O ROMA, ALEGOU EXCESSO DE PRAZO. O EXAME DE BALÍSTICA PARA A ARMA ENCONTRADA COM ELE DEU NEGATIVO
Compartilhamentos

Por LEONARDO MELO

O juiz Matias Pires Neto, da 4ª Vara Criminal de Macapá, mandou libertar o empresário Geandro de Freitas Barros, o “Roma”, preso no início de dezembro por porte ilegal de arma de fogo. Ele é investigado pela Polícia Civil por possível participação num homicídio, e de encomendar a morte de uma testemunha desse crime.

Roma foi preso em flagrante durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Os policiais civis encontraram uma pistola com ele. Havia a suspeita de que a arma tivesse sido usada numa das mortes, mas o laudo balístico deu negativo.

A defesa alegou excesso de prazo na prisão preventiva, e que o empresário continuava preso sem que sequer iniciasse a instrução processual do caso, o que caracterizaria constrangimento ilegal. A defesa também argumentou que a prisão preventiva não se justificava porque Roma é réu primário, preso por porte de arma de fogo.

“Concluo desta forma porque o requerente é primário, indicou endereço certo e trabalho lícito, bem como é certo que o delito que justifica sua prisão não é daqueles cometidos com violência a pessoa. (…) Ainda que condenado, dificilmente cumprirá pena em regime que importe segregação, muito provável seja a pena privativa de liberdade convertida em restritiva de direitos”, comentou o magistrado em sua decisão.

Corpo de Nathanael Monteiro foi encontrado no Marabaixo III. Fotos: Olho de Boto/Arquivo SN

O empresário é investigado pelo homicídio de Kevin Patrick Nascimento Rodrigues, de 20 anos, o “Maniçoba”, ocorrido em setembro do ano passado, no Bairro do Muca, na zona sul de Macapá. A Polícia Civil fala em uma suposta dívida para o motivo do crime. O empresário chegou a ser preso, mas depois foi libertado. 

Nathanael Monteiro, uma das testemunhas do crime, apareceu morto no Bairro Marabaixo III, na zona oeste de Macapá, no dia 1º de novembro. Os dois inquéritos são conduzidos pelo delegado Wellington Ferraz, da Delegacia de Homicídios do Amapá (Decipe).

Com a decisão, o empresário continuará respondendo, mas agora em liberdade. 

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!