DA REDAÇÃO
A ossada da baleia da espécie jubarte, encontrada em dezembro do ano passado em uma comunidade do Arquipélago do Bailique, no Amapá, será transportada de balsa para a capital do Estado, Macapá, para estudos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).
Além da pesquisa, futuramente, o esqueleto do animal, que pesa mais de uma tonelada, deverá ir à exposição, no Museu Sacaca, na capital.
No país, somente quatro museus possuem esse tipo de acervo. Na costa norte do Brasil, só existe o registro de encalhe de baleias jubarte nos Estados do Maranhão e Pará e, agora no Amapá.
Pesquisadores do Iepa e do Instituto Mamirauá estiveram na Ilha Vitória na última sexta-feira (4) para começar o trabalho de retirada do esqueleto do local. Policiais do Batalhão Ambiental da PM e moradores prestaram apoio.
Apesar dos esforços para coletar informações sobre a baleia, os pesquisadores afirmam que não será possível definir a causa da morte, por exemplo.
“É o primeiro registro de encalhe da espécie de baleia jubarte no Amapá, mas como o animal foi encontrado em uma área remota e o estado de decomposição já estava muita avançado, só foi possível encontrar tecidos para estudos genéticos, o que possibilitará descobrirmos se era macho ou fêmea e saber se o animal pertence ao grupo recorrente nas águas do hemisfério sul ou norte”, explicou a bióloga Daniele Lima, do Instituto Mamirauá (AM).
Foto de capa: Batalhão Ambiental