Polícia do Amapá pede inclusão de ex-deputado em lista de procurados da Interpol

Eider Pena não se apresentou para início do cumprimento da pena, como havia prometido à Polícia Civil
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Por SELES NAFES

O ex-deputado Eider Pena, presidente do PSD no Amapá, já é considerado um procurado pela justiça. A Polícia Civil do Amapá vai pedir oficialmente que a Polícia Federal inclua o nome do ex-parlamentar na lista vermelha da Interpol, o que permite a prisão de um indivíduo em qualquer país que esteja pela força policial local. 

“Já comunicamos e estamos aguardando a resposta, ou seja, estamos nas tratativas com a PF para que seja incluído na lista da Interpol”, explicou, na tarde desta quarta-feira (30), o chefe da Polícia Civil do Amapá, Uberlândio Gomes.

Eider Pena deveria ter se apresentado na última segunda-feira (27) como havia prometido o advogado do ex-deputado, Elson Auzier. O advogado chegou a entregar a um delegado uma cópia da carteira de identidade de Eider Pena para que a polícia pudesse confeccionar o termo de apresentação dele para o exame de corpo de delito na Polícia Técnico-Científica (Politec).

Com o mesmo documento seria confeccionado o guia de recolhimento ao Iapen. No entanto, o ex-deputado não se apresentou às 19h, como o advogado havia informado que ocorreria.

“Ele ainda não é considerado um foragido porque não chegou a ser preso, mas é um procurado. Estamos fazendo diligências e ele poderá ser preso a qualquer momento”, avisou o delegado geral de polícia.

Delegado geral Uberlândio Gomes: tratativas para inclusão em lista da Interpol. Foto: André Silva/Arquivo SN

Paradeiro

A polícia apura a informação de que o deputado estaria em Belém (PA). Segundo a defesa, ele passou os primeiros dias após a decretação da prisão no interior do Amapá sem saber da decisão do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Carlos Tork. No dia 22, o magistrado determinou o início do cumprimento da pena.

Eider Pena está condenado a 4,6 anos de prisão em regime semiaberto pelo recebimento ilegal de R$ 1 milhão em diárias de viagem, entre os anos de 2010 e 2011 na Assembleia Legislativa do Estado. O MP afirma que parte do dinheiro foi recebida por meio de notas fiscais falsas.

Em 2017, quando saiu a sentença, a pena era de 8,7 anos em regime fechado, mas foi reduzida depois de recurso.

A polícia suspeita que Eider Pena esteja tentando ganhar tempo para aguardar o julgamento de algum pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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