A fraude consiste em preencher dados falsos em uma cédula de CRLV para, então, vender o veículo. O detalhe é que os bandidos usam cédulas originais. Pablo Serrão Correa foi preso.
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OLHO DE BOTO
A equipe de investigação do Departamento Estadual de Trânsito do Amapá (Detran-AP) descobriu o que pode ser a ponta do iceberg de um grande esquema de falsificação de documentos para veículos irregulares em Macapá. O esquema pode ter envolvimento de funcionários públicos. Uma mulher foi enganada e um homem terminou preso, nesta quarta-feira, 16.
Os investigadores recuperaram parte do dinheiro da vítima
De acordo com o sargento Edivaldo Pascoal, a fraude consiste em preencher dados falsos em uma cédula de Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) para, então, vender o veículo. A prática é conhecida como “esquentar” a documentação.
O detalhe é que os bandidos estão usando cédulas originais do documento. De acordo com Pascoal, um lote de cédulas de CRLV desapareceu do Super Fácil do Centro de Macapá. O furto está sob investigação.
A primeira falsificação foi descoberta nesta quarta-feira, 16, quando uma vítima comprou um Celta por R$ 9 mil. A compradora não sabia que a documentação, apesar de ser uma cédula verdadeira, era fraudada.
Mulher deu R$ 9 mil por Celta com documentação falsa
Ela só descobriu que havia caído no golpe quando tentou passar o carro para sua propriedade, no Super Fácil Zona Norte, no bairro São Lázaro, em Macapá. Ao analisar a documentação do carro, o atendente constatou que o CRLV era falso, pois, no sistema do Detran, o veículo não constava no nome que aparecia no documento apresentado. Foi quando a fraude foi descoberta e os investigadores chegaram até Pablo Serrão Correa, de 33 anos, preso no Centro Comercial de Macapá.
Pablo Serrão já possui antecedentes pelo mesmo tipo de crime
Segundo Pascoal, Pablo confessou que para “esquentar” o veículo, contou com a ajuda de um funcionário da rede Super Fácil. O acusado, que já possui antecedentes pelo mesmo tipo de crime, foi apresentado no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval. Os investigadores recuperaram R$ 4,9 mil do dinheiro usado na compra.
Os investigadores acreditam que Pablo não agiu sozinho e que ele faz parte de uma quadrilha que pode já ter “esquentado” vários veículos irregulares para venda, já que o restante do lote de CRLV ainda não foi encontrado e deve estar nas mãos do grupo criminoso. Pascoal recomendou que os compradores procurem averiguar a situação dos veículos antes de efetuar a compra.
“Recomendamos que, antes de comprar um veículo, o comprador procure o Detran, o setor de vistoria para saber como realmente está a situação do veículo. O setor de vistoria vai verificar se o veículo possui dívidas, se ele foi adulterado, se a documentação é legítima”, orientou.
