Deixei de ser bagunceira, diz aluna no 1º dia de aula em escola militar do Amapá

Escola Risalva Freitas é gerenciada pela Seed e Corpo de Bombeiros com bons resultados no ano passado
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Por RODRIGO INDINHO

Rebeca Pantoja tem 16 anos, e está matriculada no 8º ano da Escola Estadual Risalva Freitas do Amaral, no Bairro do Pantanal, zona norte de Macapá.

“Eu era muito bagunceira, e meu comportamento mudou bastante desde o ensino militar. Fiquei mais dedicada nos estudos, mais responsável e melhorei como pessoa”, avalia.

“Meu objetivo é estudar e evoluir ainda mais para entrar na faculdade e ter um futuro promissor para dar conforto para minha família”, concluiu a menina, que hoje (22) teve o primeiro dia de aula do ano letivo.

Desde 2017, o colégio funciona com gestão compartilhada entre a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM), e vem tendo resultados positivos.

É o caso de Pedro Gustavo, de 17 anos, que estuda na instituição desde sua inauguração, em 2014, e vivenciou a implementação do novo modelo de gestão, em 2017.

Mais de 800 alunos estão matriculados em 2019. Foto: Erich Macias

Cerimônia de abertura do ano letivo: além dos professores da Seed, 18 bombeiros atuam na Risalva Freitas. Foto: Erich Macias

Ele concluiu o ensino médio no ano passado, e foi aprovado no vestibular para cursar administração.

“A escola já tinha um ensino bom porque tem excelentes professores, mas com a chegada do militarismo se aperfeiçoou em todos os sentidos através do padrão de hierarquia. Há dois anos atrás nós não tínhamos toda essa segurança que se tem hoje em dia com os bombeiros. Isso foi fundamental para o nosso sucesso”, atribuiu.

A escola atende moradores dos bairros do Pantanal, Renascer, São Lázaro e outros da zona norte de Macapá.

Segundo a diretora da escola, a capitã Greyce Pantoja, o modelo de ensino propõe ações pedagógicas militares que abordam assuntos relacionados à ética e cidadania, além das matérias da base comum.

Pedro Gustavo: aos 17 anos, aprovado no vestibular. Foto: Rodrigo Indinho

Capitã Greyce Pantoja, diretora da escola: redução da evasão e da violência. Foto: Rodrigo Indinho

Ela diz que houve aumento da aprovação escolar e queda na evasão e criminalidade, tanto dentro como no entorno da instituição.

“Quando chegamos aqui deu um impacto humano e social na escola e na comunidade. Houve diminuição de indisciplina dos alunos e também o aumento significativo no rendimento deles e o seu comprometimento com o ensino. Em 2019, temos novas metas no quesito pedagógico”, informou.

A Escola de Gestão Compartilhada Militar Risalva Freitas do Amaral conta com 80 professores, 18 bombeiros militares e 25 funcionários de apoio da Seed.

Em 2019 serão mais de 800 alunos distribuídos no Ensino Fundamental 2, Ensino Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA), nos turnos da manhã, tarde e noite.

Foto de capa: Rodrigo Indinho

Seles Nafes
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