Em casa de prostituição, policiais encontram dinheiro de 20 países

Apreensão do dinheiro, drogas e uma arma ocorreu durante operação em Vitória do Jari
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Por SELES NAFES

Policiais civis e militares apreenderam drogas, dinheiro, computadores, celulares e uma arma de fogo durante a Operação Vitória, realizada em Vitória do Jari, município no sul do Amapá e a 305 km de Macapá, nesta quinta-feira (14). Entre os destaques da operação está a apreensão de centenas de notas de dinheiro oriundo de pelo menos 20 nacionalidades.

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão com apoio de policiais militares do destacamento da cidade e de policiais civis de Laranjal do Jari. Os alvos foram pontos de tráficos de entorpecentes e de receptação de objetos furtados e roubados naquela região, que acabam sendo negociados em troca de drogas.

Foram apreendidas porções de drogas, embaladas para venda, caderno com a contabilidade do tráfico e uma espingarda calibre 26 com numeração raspada. O dono da arma, de 46 anos, foi conduzido para prestar depoimento sobre a arma.

Contudo, a quantidade de dinheiro estrangeiro chamou a atenção. No total, os agentes apreenderam 4.325 unidades de valor e R$ 2,4 mil em moeda brasileira.

Entre as moedas estrangeiras os policiais identificaram dólares americanos, pesos dominicanos, dólares canadenses, euros, dinheiro de Trinidad e Tobago (país caribenho), pesos argentinos, pesos mexicanos, dólares do Suriname, bolívares, rúpias (Índia), dólares de Singapura, dracmas (Grécia), rand africanos, dinheiro malaio, pesos chilenos e outras moedas de origem que só a perícia poderá identificar.

Algumas moedas só serão identificadas durante perícia

Navios atracam em Vitória para buscar celulose na fábrica da Jari. Foto: Gesiel Oliveira/Arquivo SN

Tripulações de navios

O dinheiro estava na casa de prostituição frequentada por tripulações de navios estrangeiros que atracam em Vitória do Jari buscar celulose na fábrica da Jari.

Várias garotas de programa foram encontradas na casa de prostituição. Uma delas prestou depoimento e disse ser moradora do município de Santana, e que sempre trabalha na casa quando os donos do lugar a convocam.

Apesar da situação, o local continuará funcionando porque a polícia depende de decisões judiciais para encerrar as atividades da casa. Manter a casa de prostituição é um crime, e lucrar em cima da atividade sexual é classificado como “rufianismo”, outro crime previsto em lei desde 1940.

Seles Nafes
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