Mulher fica trancada em clube vendido no Amapá

Sede da Sociedade Esportiva e Recreativa São José foi vendida em 2018 e agora a nova administração lacrou o imóvel.
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Por RODRIGO INDINHO

Uma mulher está trancada na Sociedade Esportiva e Recreativa São José, onde trabalha com o marido há mais de uma década. A sede, que foi vendida em 2018, teve o cadeado trocado pela nova administração e a funcionária foi esquecida na parte interna da estrutura.

O portal SelesNafes.com esteve no clube, localizado na Avenida Vereador José Tupinambá, no Bairro do Laguinho, na área Central da capital, e se deparou com Ana Lúcia Chaves, de 49 anos, aflita, desapontada e sem saber o que fazer.

Sede foi vendida a um empresário em 2018

Ela não quis sua imagem divulgada, mas informou que seu marido é caseiro do clube desde 2006. Ela entrou em 2008. Eduardo está em viagem cuidando da mãe doente, no Estado do Pará. Os dois trabalham com serviços gerais 24h no clube, por isto, ambos moram no local.

Ana Lúcia diz estar trancada desde às 23h30min da noite de sexta-feira (22). O representante do proprietário foi quem trocou o cadeado. A mulher não tem como comprar comida e realizar outros afazeres. Se não bastasse ser esquecida, ela e o marido têm dívidas salariais.

Funcionária está trancada desde as 23h30 desta sexta-feira

“Meu marido Eduardo tem seis meses de férias vencidas e quatro meses de salários atrasados. Pra mim, o clube deve dois meses de férias e três meses de salários atrasados. Vamos vivendo com dificuldades”, disse.

Visivelmente abalada, Ana Lúcia diz o que sente no momento.

“Nesse momento não sei nem o que é comer, vivo chorando. Estou muito triste, angustiada e chateada por estar presa. Não fui pra Justiça, mas espero uma solução porque não quero sair sem nada, caso contrário, terei que ir. Fiz vários amigos aqui durante esses anos e será uma pena ter que deixar tudo isso para trás”, disse, aflita.

Sede fica localizada na Avenida dos Tupinambás, no bairro do Laguinho

Segundo outros funcionários, a sede foi vendida para um empresário a um preço pouco acima de R$ 1 milhão, em 2018. A nova administração não foi encontrada pela reportagem.

Amigos de Lúcia, que praticam basquete, estão no local prestando auxílio. Mas preferiram não se pronunciar.

Fotos: Rodrigo Indinho/SN

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