Neto esfaqueado pela avó desabafa depois de ser hostilizado nas redes

Railanderson, de 22 anos, diz que procura ajudar a avó financeiramente, e nega ter furtado a idosa
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Por SELES NAFES

O jovem esfaqueado pela avó de 80 anos, na semana passada, e depois hostilizado nas redes sociais por pessoas que não sabem a fundo o que está acontecendo, decidiu gravar um vídeo onde faz um desabafo.

Demonstrando problemas na fala, Railanderson da Paixão Batista, de 22 anos, diz no vídeo que sempre procurou ajudar a avó, Raimunda Oliveira da Paixão, inclusive financeiramente.

Railanderson diz que pagou o aluguel dela na vila de quartos, numa área de pontes do Bairro Jardim Marco Zero, na zona sul de Macapá, no valor de R$ 200, e que os R$ 150 que a avó o acusou de furtar ele disse que pagou contas devidas pela idosa.

“O que sobrou coloquei numa bolsa e devolvi para ela. E aí ela começou a me chamar de ladrão”, comentou.

“É uma pessoa ingrata, que não merece nada que eu faça. É má, não tem compaixão. (…) Quem está me julgando, leva ela para a casa de vocês (…) e vê se vão aguentar ela”, acrescentou.

Avó não quis conversar com o repórter do Portal SN. Fotos: Rodrigo Indinho/Arquivo SN

Idosa e o jovem moram próximos, em uma vila de quartos

No último dia 11, Railanderson foi atendido no Hospital de Emergência de Macapá depois de ser esfaqueado pela avó durante uma discussão. No vídeo, inclusive, ele aparece com um curativo.

O Portal SN apurou com vizinhos e com pessoas que conviveram com eles no município de Porto Grande, cidade a 105 km de Macapá, que a família inteira tem um histórico de violência e distúrbio mental.

Vizinhos disseram que o rapaz é prestativo, mas as vezes perde o controle quando se confronta com a avó, que mora num quarto ao lado dele.

“Quando pode, ele ajuda todo mundo aqui na ponte, inclusive eu quando estava doente. Até me acompanhou no hospital. E outra, ninguém cuida dela a não ser ele. Já vi também ela xingar todo mundo na ponte, vive estressada e brava, aí ele tem esses ataques e chega a agredir ela. Alguém tem que fazer algo pelos dois se não acontecerá o pior”, advertiu uma moradora.

A avó e o neto não recebem qualquer tipo de tratamento na rede pública de Macapá.

Seles Nafes
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