Paradoxo: Ex-deputada é nomeada no governo em meio a cortes de despesas

Roseli Matos ocupará o cargo de "Responsável Técnico Nivel III", com quase R$ 40 mil de salário por ano
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Por SELES NAFES

A ex-deputada estadual Roseli Matos (PP), derrotada quando tentava a reeleição, foi presenteada com um cargo de CDS-3 no gabinete civil do Palácio do Setentrião. A nomeação acontece num momento em que o governo faz o enxugamento das despesas com pessoal e outros gastos em secretarias.

O decreto com a nomeação foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (7), e tem a assinatura do governador Waldez Góes (PDT). Roseli de Araújo Correa Teixeira, nome civil da deputada, vai receber cerca de R$ 3 mil mensais com a nomeação. Serão quase R$ 40 mil, por ano.

Enquanto isso, o governo do Estado toca um plano para reduzir os gastos com pessoal.  O trabalho é coordenado pelo vice-governador, Jaime Nunes (Pros), que tem feito encontros sistemáticos com gestores e até um seminário, na semana passada, para nivelar conhecimento com a equipe.

A nomeação de Roseli Matos, na verdade, segue um antigo costume dos governos em não “desamparar” aliados políticos. Roseli é pedagoga por formação, e poderia ser muito bem aproveitada em sala de aula ou na direção de uma escola, por isso o mais óbvio é que a nomeação ocorresse pela Secretaria de Educação (Seed).

Contudo, a função que exercerá é obscura, apesar do pomposo nome do cargo: “Responsável Técnico Nível III” do gabinete do governador.

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