Drogas apreendidas em Macapá renderiam mais de R$ 1 milhão a traficantes

Grupo dominava grande parte do mercado de distribuição de entorpecentes ilícitos em Macapá, segundo a DTE
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Por RODRIGO INDINHO

A Polícia Civil do Amapá calcula em mais de R$ 1 milhão, os cerca de 90 quilos de drogas apreendidos na última segunda-feira (25) em uma casa que funcionava como laboratório clandestino no Bairro Jardim Felicidade II, zona norte de Macapá. Foram achadas ainda uma espingarda, uma pistola 635mm e uma “bereta”.

Três homens e duas mulheres foram presos. A quadrilha era responsável pela maior distribuição de drogas da cidade.

Entorpecentes chegaram por via fluvial no AP. Fotos: Rodrigo Indinho

Foram dois meses de investigações de agentes da Polícia Civil para se chegar ao bando que ainda tentou fugir, mas foi interceptado por uma viatura. Essa é também a maior apreensão de drogas registrada neste ano no Amapá.

Quando os agentes entraram na residência que era alugada há cerca de três meses, dezenas de tabletes de skank (maconha modificada em laboratório), crack e cocaína estavam dentro de geladeiras de isopor, compressores de ar, cilindros de oxigênio, fornos, camas e freezers. As drogas vieram do Amazonas atravessando o Pará e chegaram de barco no Amapá.

“Eles dominavam grande parte do mercado, claro que não são os únicos que trazem droga de fora do Estado, mas eles sem dúvida nenhuma traziam as maiores quantidades de droga”, informou o delegado Sidney Leite.

Delegado Sidney Leite (DTE): grupo distribuía drogas para traficantes menores

 

Dois homens foram presos em flagrante durante ação que encontrou a grande quantidade de entorpecentes

Os três homens foram identificados como Heuller Ricardo dos Reis e Silva, Jorge Hugo Pinheiro Picanço, Wellielton Renan dos Reis e Silva. As duas mulheres não tiveram as idades divulgadas.

“O Heuller é responsável por administrar essa droga aqui e distribuir. Ter o contato com os traficantes, com os boqueiros. Ele é responsável de fazer esse controle. A gente sabe que o dono da droga mesmo não é ele. As investigações continuam”, assegurou Sidney Leite.

Casa no Jardim Felicidade II era laboratório e depósito do tráfico

Os entorpecentes seriam distribuídos em vários pontos de tráfico na capital, segundo informou a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE).

“A gente tem informações que se fosse vendida no varejo com certeza ela chegaria no valor de R$ 1 milhão. Tem gente investindo na droga e Heuller que tem contato com traficantes e boqueiros fica responsável por fazer essa distribuição. Desta vez foram desarticulados”, finalizou o delegado.

Os suspeitos vão responder aos crimes de associação ao tráfico, tráfico de drogas e pelo crime de preparação transformação de drogas.

Seles Nafes
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