Por SELES NAFES
O juiz Matias Pires Neto, da 4ª Vara Criminal de Macapá, inocentou a ex-governadora do Amapá, Dalva Figueiredo (PT), na ação penal que apurava desvio de dinheiro do então Centro de Formação de Recursos Humanos do governo do Estado, a atual Escola de Administração Pública (EAP).
A decisão, proferida nesta quinta-feira (28), seguiu parecer do próprio Ministério Público do Estado, autor da ação.
A denúncia era de que, em setembro de 2002, no auge da campanha eleitoral, Dalva teria sido beneficiada com R$ 86 mil desviados de cursos de qualificação para a Polícia Militar que estavam sendo ministrados no antigo Ceforh.
Um servidor, que chegou a ser condenado criminalmente pelo desvio, disse nos autos do processo que o dinheiro teria sido usado na campanha eleitoral do PT.
Contudo, o MP considerou, ao longo da instrução processual, que não havia provas de que a então governadora havia sido beneficiada e nem que tivesse determinado o desvio. Por isso, o parecer do promotor do caso foi pela absolvição por falta de provas.
Dalva Figueiredo governou o Amapá entre abril e dezembro de 2002. Ela era vice-governadora quando João Capiberibe (PSB) renunciou ao governo para concorrer ao Senado.
Dalva tentou a reeleição, mas foi derrotada por Waldez Góes (PDT).