Grupo de extermínio formado por policiais é suspeito de nova execução

Homem com passagens pela polícia foi morto com 3 tiros na cabeça. Delegado diz que criminosos usaram treinamento e demonstraram entender de armamento
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Por LEONARDO MELO

A Polícia Civil do Amapá está às voltas com um novo caso de homicídio para resolver, desta vez envolvendo um grupo de extermínio formado, supostamente, por policiais.

A execução ocorreu no Bairro do Araxá, na noite desta quinta-feira (7). Nakleo Bosque dos Anjos, o “Playboy”, de 23 anos, foi morto com cinco tiros, por volta das 22h20min.

Testemunhas relataram que a vítima transitava nas proximidades da “Invasão do Zeca Diabo”, na Avenida Equatorial, quando foi atingida com três tiros na cabeça e dois na região das costas.

Os tiros foram disparados de dentro de um carro vermelho que era ocupado por dois homens encapuzados e que vestiam roupas pretas.

Quando a PM chegou, Playboy estava caído em via pública, já sem os sinais vitais. O Samu foi acionado e confirmou o óbito no local.

Peritos encontraram três estojos de munição .40, pistola de uso restrito das forças de segurança, mas que sempre são apreendidas, também, com criminosos.

Playboy caminhava pela Avenida Equatorial quando foi surpreendido por atiradores. Fotos: Olho de Boto

Vítima recebeu tiros na cabeça e nas costas

Baseado em imagens de câmeras de segurança e de testemunhas, o delegado de Homicídios, Wellington Ferraz, deduziu que os criminosos agiram utilizando treinamento tático.

“Esse crime destoa da maioria dos crimes que a gente vem observando. Era alguém que tinha domínio do que estava fazendo. Ao que tudo indica, um grupo de extermínio possivelmente formado por policiais. Estavam com capuz, todos de preto, e características de quem entende de armamento. Esses detalhes chamaram a atenção”, observou.

Delegado Wellington Ferraz: dinâmica do crime demonstra que matadores tinham treinamento

O delegado evitou opinar se suspeita de policiais militares ou civis.

“Existe uma minoria (de policiais) que está em grupos de extermínio, e a gente sabe disso. (…) Vamos trabalhar em cima de todas essas imagens, e independentemente de quem seja a gente vai responder e tirar de circulação”, concluiu.

Playboy tinha passagens pela polícia. O corpo dele foi removido no fim da noite pela Polícia Técnico-Científica.

Desde o fim do Carnaval a polícia do Amapá já registrou 6 mortes, sendo três em intervenção policial e três em homicídios. 

Seles Nafes
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