Moradores temem acidente em rua com cratera de 2 metros

Setrap diz que aguarda decisão judicial que libere a drenagem na região, próxima de comunidade quilombola
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Por RODRIGO INDINHO

O que parece ser uma pista plana e uniforme de asfalto na realidade é uma armadilha que pode provocar um grave acidente. Tudo porque uma cratera se abriu na Avenida Quilombo do Curiaú, localizada no Bairro do Ipê, na zona norte de Macapá.

A cratera fica quase no meio da rua e mede cerca de 1,5 metro de profundidade por cerca de 2 metros de diâmetro. Pelo aspecto do solo, o buraco foi ocasionado por erosão. 

Com 1,5m de profundidade, cratera é risco a quem passa pela rua, Fotos: Rodrigo Indinho

Segundo o técnico agrícola Oséias Passos, de 36 anos, que mora no local há mais de uma década, essa situação já existe há mais de três meses. Ele acredita que tudo é ocasionado por uma obra mal feita.

“Isso foi serviço mal feito pelo governo. Se fosse pela natureza, as laterais teriam cedido e não justamente bem no meio. Onde eles fizeram, a obra cedeu e vai ceder mais. Tem que refazer todo o trabalho aqui antes que aconteça o pior”, disse.

Oséias Passos: obra mal feita

O perímetro é de grande movimentação e serve como trajeto de ônibus que faz a linha no Ipê e Mestre Oscar. Outra moradora, que não será identificada, conta que isso torna tudo ainda mais preocupante.

“Já pensou um ônibus desse afunda com os passageiros? Só Deus pra olhar por nós porque esse políticos nenhum”, opinou.

Rachaduras se espalham…

 

… e já chegam em outra rua do bairro

Durante a reportagem motoristas, ciclistas e pedestres se arriscavam pelo local que, além da cratera, possui várias rachaduras pelo asfalto. Bem próximo dali, o solo da Avenida Angelim também já ameaça ceder.

O que diz o governo do Estado

A Secretaria de Estado do Transporte (Setrap) informou que iniciou um serviço de drenagem das águas fluviais na rua dos Quilombos, no bairro do Ipê. O trabalho foi interrompido depois que moradores do Curiaú entraram com uma representação na justiça alegando que a drenagem iria ocasionar o despejo de esgoto na comunidade quilombola.

Rua é trajeto de ônibus

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) entrou com uma ação solicitando a liberação do serviço, por se tratar de drenagem de águas fluviais, o que não traria nenhum prejuízo para a área de preservação ambiental. Esta obra faz parte do programa de obras de Mobilidade Urbana e depende de uma decisão da justiça para a retomada dos serviços.

Seles Nafes
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