Por RODRIGO INDINHO
Após concentrarem os maiores índices de casos de malária registrados em 2018 no Amapá, os municípios de Mazagão, Santana e Porto Grande, vão receber uma ação intensificada de combate a doença.
Cerca de 50 mil mosquiteiros impregnados com inseticida foram entregues aos representantes dos municípios nesta sexta-feira (22), para que sejam distribuídos entre as famílias das cidades nos próximos dias.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Dorinaldo Malafaia, explicou que o órgão chegou a esse número após orientação do Sistema de Vigilância em Saúde Nacional.
Malafaia diz que mesmo que o Amapá tenha reduzido os casos da doença em 2018, os três municípios apresentam essa problemática mais elevada e é preciso reforçar os cuidados.
“A utilização e instalação desses mosquiteiros reduz em até 90% os casos de malária na região. É um grande dispositivo que é acompanhado de uma metodologia de educação e saúde”, destacou.
De acordo com o gestor, capacitações e orientações serão ofertadas pela Vigilância em Saúde do Estado aos agentes de endemias e aos moradores a partir da próxima semana.
“Teremos uma equipe que irá para esses municípios a partir de segunda-feira (25) para ajudar no processo de instalação, indicação e capacitação das equipes técnicas para que ocorra tudo da forma correta”, acrescentou.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), do Ministério da Saúde, o Amapá totalizou 14.291 casos de malária notificados em 2018. No ano anterior, foram confirmados 14.466.
O município de Mazagão teve maior incidência da doença, com 2.845 confirmações. Em seguida, Santana teve 2.811 pessoas diagnosticadas com malária. Porto Grande foi o terceiro município com maior índice de infestação com 2.257 casos.
O prefeito de Porto Grande, José Maria Bessa de Oliveira, enfatizou que sua equipe já fez o mapeamento das áreas de risco no município.
“O mosquiteiro é uma das ações mais eficazes. Como Porto Grande interliga vários municípios, o risco é bem grande. Porém, nossa ideia é reduzir pela metade os casos e com os mosquiteiros vai ajudar muito. Vamos começar pelo garimpo do Vila Nova”, comentou Bessa.