Brincadeira raiz: os meninos que preferem tacobol a celular

Cena é rara numa época em que as crianças passam a maior parte do tempo trancafiadas
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Por RODRIGO INDINHO

Uma garotada do Bairro Jesus de Nazaré chama a atenção. A cena deles brincando de tacobol na chuva, que parece ser algo tão simples e deveria ser normal, querendo ou não, nos faz refletir.

Tudo porque, com a modernização dos brinquedos e avanços da tecnologia, é raro ver crianças brincando como antigamente.

Pega-pega, amarelinha, bolinha de gude (ou peteca), esconde-esconde e outras tradicionais e divertidas brincadeiras, andam esquecidas.

Já diz o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no artigo 4°, que toda criança tem o direito de brincar. O lazer é, sem dúvida, uma das melhores horas na vida de um ser humano.

E, no intervalo da brincadeira, após fugir de um cachorro, o pequeno Kelvin Luis, de 10 anos, contou que até tem celular, mas que prefere brincar com os amigos na rua de sua casa, claro, no contra-turno das aulas.

“Acho os jogos no celular sem graça, têm uns de tiro que é má influência pra gente. Prefiro assim, porque é mais legal e divertido, até o cachorro brinca. A gente sorri mais jogando futebol, peteca e tacobol. Isso que é brincar”, disse o simpático garoto.

E brincadeira de criança que se preze tem que ter a velha e boa rivalidade. É o que diz Warlley da
Silva, de 9 anos.

Eles têm celular, mas preferem brincar na rua. Fotos: Rodrigo Indinho

Estimular as brincadeiras antigas pode ser uma ótima estratégia

“Meus amigos são legais mas, às vezes, nos desentendemos porque ninguém quer perder. Mas sempre continuamos amigos. Também prefiro brincar com eles do quer passar um tempão no celular”, relatou.

Diferente dessa turma, podemos notar que crianças estão cada vez mais privadas das brincadeiras ao ar livre, passam maior parte do tempo trancafiadas, não tendo outro tipo de lazer senão os vídeo-games ou os jogos de computadores.

Unir o moderno com o antigo pode ser uma boa alternativa para a diversão. Sem deixar os estudos de lado, e preservando o direito de brincar dos pequenos.

Menino usa taco para proteger as garrafas e marcar pontos a cada rebatida na bola

 

Seles Nafes
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