Por OLHO DE BOTO
Um dos suspeitos preso na crise com reféns no Conjunto Residencial São José, na zona sul de Macapá, na última sexta-feira (19), foi solto pela Polícia Civil depois de prestar depoimento. Carlinhos Gemaque Júnior, de 31 anos, é apenado em regime domiciliar, e chegou a ser preso pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM do Amapá.
As prisões ocorreram quando o Bope desconfiou de três homens descendendo de um carro na Rua Claudomiro de Moraes, em frente ao residencial, por volta das 14h do feriado. Ao perceberem a aproximação dos policiais, os suspeitos correram para dentro do conjunto.
Carlinhos foi preso na entrada do bloco onde, logo em seguida, haveria a crise com reféns e a prisão de Josuel Ferreira Teixeira, o “Jesuca”, de 25 anos. Durante quase três horas, o criminoso manteve mãe e filha sob a mira de uma pistola, e ainda obrigou uma delas a gravar vídeos e áudios para divulgação em grupos de WhatsApp.
No Ciosp, o delegado de plantão acatou o argumento da defesa de que Carlinhos não tinha relação com o crime. Ele cumpre o restante da pena por roubo em regime aberto/domiciliar, e não poderia estar fora da residência durante o feriado, uma das medidas restritivas impostas pela justiça.
“Ele estava indo comprar frango nas proximidades, e houve uma confusão porque ele estava passando próximo do local”, comentou o advogado de defesa de Carlinhos, que pediu para não ter o nome divulgado. Para a PM, no entanto, ele e Jesuca planejavam assassinar um inimigo.
Carlinhos foi liberado para voltar para casa, mas a Vara de Execuções Penais de Macapá (Vepma) foi comunicada a respeito da saída dele da residência durante o feriado.
Jesuca foi levado para a Penitenciária do Amapá. Ele responde a processo por roubo, e era considerado foragido. Ele foi indiciado por cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo.