Rompimento de barragem pode afetar hidrelétricas e municípios, denuncia Lucas

Maior que a de Brumadinho (MG), a barragem da Anglo/Zamin tem infiltrações e está abandonada há cinco anos
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Por SELES NAFES

Porto Grande e Ferreira Gomes serão os primeiros municípios a serem atingidos, caso a barragem de rejeitos da Anglo/Zamin venha a se romper, alertou o senador Lucas Barreto (PSD), em pronunciamento no Senado. Segundo ele, a estrutura apresenta infiltrações e não passa por manutenção há mais de cinco anos.

A barragem Mário Cruz fica no município de Pedra Branca do Amapari, a 180 km de Macapá, e guarda 18 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro, um volume bem maior que a de Brumadinho (MG), que tinha 12 milhões, e se rompeu há cerca de três meses matando mais de 300 pessoas.

“A Agência Nacional de Mineração (ANM) não está cuidando da barragem. Ela pode romper porque possui duas barragens a montante de água que estão cheias. Se uma se romper será um efeito dominó. As hidrelétricas (do Araguari) estão a 114 km de distância. Se romper lá em cima rompem as três barragens das três hidrelétricas levando Porto Grande e Ferreira Gomes para o fundo, e ainda pode atingir Cutias. A barragem está abandonada há cinco anos e nem vigia tem”, comentou.

Lucas Barreto: barragem não tem, sequer, vigia. Foto: Ascom/Senado

Ele lembrou que a Comissão de Meio Ambiente da Câmara esteve no local e constatou que há infiltrações na barragem. Além disso, o volume de água das chuvas é gigantesco.

“Está chovendo mais do que se esperava”, destacou.

Até hoje, a ANM permanece em silêncio sobre o assunto que chegou a ser discutido em fevereiro deste ano durante um encontro entre prefeitos e representantes do Ministério Público do Estado. Todos manifestaram preocupação com a barragem da Zamin.

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