Ato pró-Bolsonaro terá oração pelo presidente, diz líder do PSL no Amapá

Manifestação de apoio ao presidente está marcada para o próximo domingo (26), na Praça do Coco
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Por SELES NAFES

No próximo domingo (26), às 16h, uma manifestação em favor do governo Jair Bolsonaro pretende lotar o complexo Beira-Rio, nas imediações da Praça do Coco, em Macapá. O movimento, apesar de ser considerado cristão e apolítico, é organizado por dirigentes do PSL no Amapá, entre eles o ex-candidato ao Senado e presidente da legenda, pastor Guaracy Júnior.

O movimento acontecerá simultaneamente em todo o Brasil, e quer provar à opinião pública que Bolsonaro ainda tem maciço apoio popular, em especial nesse momento de queda de braço com o Congresso e a oposição para aprovar as reformas.

Por não ser um ato tipicamente partidário, Guaracy Júnior garante que não haverá discursos inflamados contra “A”, nem “B”.

“Haverá muita reflexão e oração”, garante.

Como será essa programação?

Vamos fazer uma programação para a família, cristãos evangélicos e católicos. Vamos orar, refletir e cantar o hino nacional. O nosso presidente tem pedido oração pelo Brasil e por ele. Teremos a presença de pastores, padres…

Mas haverá discursos políticos?

Sim, mas não estaremos lá para falar mal de ninguém. A gente quer um movimento cívico, onde vamos orar pelo nosso presidente, nossas autoridades, e vamos tocar num assunto muito importante: o pacote do Dr. Moro contra o crime organizado. Existe um movimento para querer barrar, e não é o Congresso. São alguns deputados envolvidos (investigados) em problemas. Não queremos citar nomes de ninguém, queremos um ato cívico e cristão.

Mas quando o presidente convoca apoio nas ruas isso não é uma tentativa de desqualificar o Congresso? Isso não pode aumentar ainda mais a crise com o parlamento?

Eu entendo o seu ponto de vista, mas quem fez esse convite oficialmente foi o (senador) major Olímpio (líder do governo no Senado), e diversos deputados do PSL e do (Partido) Novo…

Presidente do PSL conversa com o vereador Dr. Fabiano, de Santana, sobre o ato de domingo. Fotos: Seles Nafes

Mas teve anuência do presidente, não?

Se eu fosse o presidente eu gostaria (do movimento). Questionam se é a hora certa de fazer esse movimento. Não somos orientados a jogar o povo contra o Judiciário e o Congresso. Somos orientados a dizer o que é o certo e o errado. Por que querem tirar o Coaf do Sérgio Moro? Por que querem barrar a reforma que o Dr. Sérgio Moro está propondo. O Brasil não aceita mais essa corrupção descarada, situações onde um aposentado recebe R$ 400 mil e outros apenas R$ 800.

Guaracy Júnior: presidente tem dito que prefere morrer a se render a corrupção

Então não será um ato de protesto contra o Congresso…

Não. O povo vai dizer que quer o pacote do Dr. Sérgio Moro aprovado e a reforma da previdência, que quer o Brasil passado a limpo.

A oposição diz que o governo Bolsonaro não tem um plano para o Brasil, mas as reformas são esse plano?

Sim, temos uma carga tributária altíssima…

E o senhor não acha que as crises internas do governo também atrapalham a aprovação das reformas?

Atrapalham. Eu amo o presidente, respeito a família, mas ele mesmo diz que talvez não seja a pessoa mais qualificada para ser presidente do Brasil. E isso ele disse publicamente num encontro recente, e ainda disse que tem gente melhor do que ele. Ele admite que não entende de economia, mas se cercou de ótimas pessoas como o ministro Paulo Guedes, que é um liberal. Todos os países com economia liberal se deram bem, e o comunismo morreu…

Menos na China, rsrs, a segunda economia do mundo.

Mas na China escravizam o trabalhador, rsrsr. Voltando ao ato, o presidente tem dito: ainda que me matem, eu não me renderei à corrupção.

Seles Nafes
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