Por OLHO DE BOTO
A equipe da Delegacia Especializada de Crimes Contra o Patrimônio (DECCP) localizou e prendeu o líder da quadrilha que assaltou passageiros e esfaqueou o motorista de um ônibus do Transporte Coletivo de Macapá. O crime ocorreu no dia 1º de março deste ano e foi filmado por câmeras do coletivo.
Thalys José Flexa Almeida, de 21 anos, foi o último integrante do bando a ser capturado. Segundo o delegado Celso Pacheco, da DECCP, os outros cúmplices são quatro menores de idade, todos já apreendidos e à disposição da Justiça. Thalys foi preso em uma invasão no final da avenida FAB, nas imediações do bairro Santa Rita, na região central de Macapá. A investigação do caso contou com, apoio da Delegacia Especializada de Atos infracionais (Deiai).
O roubo
O ônibus atacado pelos assaltantes era da empresa Sião Tur que faz a linha Goiabal-Centro. O coletivo com 20 passageiros transitava em direção ao bairro Central da cidade quando os infratores entraram no coletivo, se passando por passageiros, em uma parada próximo ao Conjunto Cabralzinho, na zona oeste da capital.
A ação criminosa foi registrada pela câmera de segurança do coletivo. Nas imagens, é possível notar que os criminosos chegam a pagar a passagem ao motorista, que faz também a função de cobrador. Por volta de 16h30, na Avenida Padre Júlio, no bairro Alvorada, o grupo anuncia o roubo e age com estrema violência. VEJA A AÇÃO CRIMINOSA:
O motorista desconfia e acompanha os suspeitos pelo retrovisor interno do coletivo, mas nada pôde fazer. Ao não cumprir a ordem de parada do veículo, o motorista foi atingido com golpes de faca no braço. A gangue levou cerca de R$ 80 de renda, além de celulares, joias e outros pertencentes dos passageiros.
Nas investigações, Thalys é apontado como o líder do bando. Ele foi indiciado por associação criminosa, roubo, corrupção de menores e tentativa de homicídio – pelo ferimento feito no motorista. Thalys já está no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).
Trauma
O motorista esfaqueado no assalto ficou traumatizado com a ação criminosa. Ele disse, em depoimento, que pensa em deixar a profissão. Com 52 anos de idade, ele atua no oficio há pouco mais de 10 anos.
Segundo o delegado Celso Pacheco, o profissional relatou que agora tem medo de trabalhar e só não largou a função porque precisa sustentar a família. Contudo, ele informou que pretende procurar outro emprego.
Foto de capa: Reprodução/SN