Sinsepeap diz que não foi notificado pela Justiça e mantém greve

Movimento reiniciou nesta segunda-feira (27), na Praça da Bandeira, no centro de Macapá. Às 10h30, passou a se concentrar em frente ao Palácio do Setentrião.
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Por RODRIGO INDINHO

Professores da rede estadual do Amapá iniciaram nesta segunda-feira (27) uma greve de 15 dias. O Sindicato dos Servidores em Educação (Sinsepeap) decidiu realizar o movimento, apesar da decisão da Justiça amapaense ter considerado a paralisação ilegal, na última sexta-feira (24). O sindicado afirma que ainda não foi notificado da decisão e que a greve é legal.

Vigilantes, serventes, merendeiras e outras categorias da educação…

… também apoiam o ato, na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá. Fotos: Rodrigo Indinho/SN

A decisão do desembargador Rommel Araújo de Oliveira fixou multa diária de R$ 300 mil ao Sinsepeap, em caso de descumprimento da ordem proferida. Mesmo com o magistrado determinando que a entidade deveria se abster de realizar greve, a paralização acontece, de forma pacífica, na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá. Vigilantes, serventes, merendeiras e outras categorias da educação também apoiam o ato.

A organização do protesto estima que cerca de 800 a 1,2 mil profissionais aderiram ao movimento e informou que a maioria das escolas paralisaram as atividades. Contudo, instituições tradicionais de ensino, como a Escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares e Colégio Amapaense (C.A.), estão com as aulas normalizadas.

No Colégio Amapaense, CA, as aulas foram normais na manhã desta segunda-feira

A presidente do Sinsepeap, professora Kátia Cilene garantiu que os professores podem aderir ao movimento sem hesitação. Ela classificou o movimento de “resistência à mordaça da Justiça” reforçou a todo instante nos pronunciamentos à classe que a greve é legal.

“Não fomos notificados oficialmente. É inconcebível zero de aumento para a classe trabalhadora, com cinco anos de salários parcelados. Os profissionais da educação podem ficar tranquilos. Venham para a greve, o diretor não pode cortar ponto até que a mesa de negociação se instale. Se diretor cortar ponto, nós vamos entrar na Justiça contra os diretores. Quem negocia reposição de aula é o sindicato com a Seed. Vamos manter a greve”, anunciou a presidente.

Presidente do Sinsepeap, professora Kátia Cilene: “não fomos notificados. Greve é legal”

Às 10h30, o movimento deixou a praça e passou a se concentrar em frente ao Palácio do Setentrião, sede central do Governo do Amapá. O Sinsepeap anunciou que vai manter o posicionamento até o resultado do recurso impetrado para recorrer da decisão judicial de Rommel Araújo. 

Seles Nafes
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