Uma semana depois, motorista envolvido em acidente fatal ainda não se apresentou

Um mototaxista de 45 anos morreu no acidente. Família diz que investigações estão paradas
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Por SELES NAFES

Uma semana depois, o motorista de caminhão que colidiu e arrastou um mototaxista pela rua, na zona sul de Macapá, ainda não se apresentou à polícia, e muito menos foi indiciado. A família, que organiza um protesto nesta quinta-feira (23), diz que há demora nas investigações.

“A delegada do caso está de férias. Está tudo parado”, queixa-se Maria do Carmo, uma das irmãs do mototaxista.

Na tarde do último dia 16, Edmar Damasceno da Silva, de 45 anos, estava trabalhando quando foi atingido por um caminhão de uma empresa de construção civil, que ainda não teve o nome divulgado, na Avenida 13 de Setembro, próximo do residencial Açucena. A avenida está com as obras de duplicação paralisadas desde o ano passado.

Testemunhas afirmaram que a vítima tentou desviar de um buraco quando foi atingida pelo caminhão. Imagens de câmeras de segurança mostram quando o motorista estaciona, desce do caminhão normalmente, e vai até o local onde Edmar está caído e muito ferido.

Em outro momento do vídeo, o caminhoneiro parece discutir com algumas pessoas e depois desaparece, sem prestar socorro à vítima. A empresa foi identificada, mas não apresentou o motorista na delegacia de polícia.

O caminhão está guardado na garagem da firma, em um loteamento na zona norte oeste de Macapá.

“O motorista não foi apresentado pela empresa, e o caminhão está escondido. Já temos todos os dados, estamos fazendo o papel da Polícia Civil. Temos todas as informações, e nada ainda. Uma semana depois está tudo parado”, desabafa a irmã.

Caminhão guardado no estacionamento da empresa, na zona oeste de Macapá. Foto enviada pela família

Mototaxista ficou muito ferido, e morreu no HE. Foto: Reprodução

Ato

A família, amigos e colegas de profissão estão organizando um ato público contra a demora nas investigações. A ideia é realizar a manifestação no mesmo local do acidente de trânsito, ainda hoje.

Edmar Damasceno criava duas filhas, e era considerado muito responsável pelos colegas de profissão que trabalhavam no mesmo ponto que ele, em frente ao Hospital de Emergência de Macapá, mesmo local onde a vítima acabou morrendo depois de ser socorrida.

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