Por RODRIGO INDINHO
Uma policial militar ficou ferida e dois criminosos foram presos na noite de domingo (16), após assalto, perseguição policial, troca de tiros e negociação para liberar reféns em Macapá.
A ocorrência começou no bairro Marabaixo 3, na zona oeste da capital, por volta de 20h30, quando dois assaltantes invadiram uma casa na Avenida 18 para roubar uma televisão, um ventilador e outros pertences. O local passa por reforma e está sem portão na frente, o que facilitou a invasão dos bandidos.
Uma vizinha percebeu a ação e acionou a polícia. Militares do 6º Batalhão cercaram a residência e tentaram negociar a rendição dos criminosos. No entanto, eles deixaram o local no carro da família levando o dono da residência como refém. O homem foi obrigado a dirigir pela cidade com um revólver apontado para a cabeça.
“Eles colocaram uma arma de fogo e uma faca na minha cabeça. A todo tempo me faziam ameaças. Foram momentos horríveis”, disse a vítima.
Policial baleada
Durante a perseguição policial rumo ao centro da cidade, uma outra equipe do 6° BPM realizou uma barreira próximo à uma faculdade na Lagoa dos Índios, na Rodovia Duca Serra e, ordenou que os bandidos parassem.
A dupla não seguiu a orientação e fez diversos disparos que atingiram por duas vezes uma policial. Graças ao colete à prova de balas, os disparos não atingiram o coração da policial.
A cabo Geisiane foi levada ao Hospital de Emergência (HE). Ela fraturou uma costela. Durante a madrugada, foi transferida a um hospital particular e não corre risco de morte, segundo a polícia.
Reféns na distribuidora
A perseguição policial prosseguiu até uma distribuidora de bebidas, que fica numa região conhecida como “Chapéu de Palha”, na Avenida Padre Júlio, no bairro Santa Rita, onde os assaltantes abandonaram o carro e o primeiro refém da casa assaltada no Marabaixo 3.
Porém, eles entraram no estabelecimento e fizeram quatro novos reféns – dono e funcionários do empreendimento. Um estava sob o domínio da dupla, outro escondido em baixo do balcão do caixa e outros dois escondidos em um escritório, mas sem poder sair. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi chamado para conduzir as negociações.
Rendição
Somente após 2 horas e meia de negociação, após exigências como coletes a prova de tiro e a presença de um advogado e da imprensa, os criminosos liberaram os reféns e se entregaram. Com eles foram apreendidos um revólver de calibre 38, com três munições deflagradas, uma faca, e os objetos roubados da residência.
André Madson Oliveira de Almeida, o “Poxo”, de 20 anos, que tem passagem por roubo, e Fábio Santos Bonta, 23 anos, foram apresentados no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval.