Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
No 46° aniversário de criação da Escola de Artes Cândido Portinari, professores, alunos, funcionários e amigos da instituição resolveram lembrar a data com um dia inteiro de manifestações em frente ao prédio histórico da unidade de ensino, localizado na esquina da Rua Cândido Mendes com Avenida Raimundo Álvares da Costa, no Bairro Central de Macapá.
Trata-se de um protesto por conta das obras de reforma do prédio, que se arrasta há 11 anos. Durante esse tempo, a escola que atende a um público de aproximadamente 500 estudantes já passou por vários endereços sem conseguir, no entanto, um pleno funcionamento.
“Esses prédios pelos quais passamos não têm a estrutura adequada de uma escola de artes. Nos faltam laboratórios, espaços e instrumentos necessários para a melhor condição de ensino e produção. Quando funcionava aqui tínhamos mais de mil e quinhentos estudantes”, afirmou a professora Carla Marinho, professora mestra em artes visuais.
Ex-alunos também participaram da manifestação pelo carinho com a instituição e pelo entendimento da importância que há na conclusão e entrega da obra.
“A relação do Estado com a arte é muito sem compromisso. São ações como as nossas, que somos grafiteiros, que fazem a cidade ficar mais bonita, mais colorida, uma cidade onde a presença da arte seja mais ativa, porque se a gente depender dessas outras instituições vamos ter uma cidade monocromática”, declarou Éder Pimenta, que foi aluno do curso técnico da Cândido Portinari em 2013.
Seinf
A Secretaria de Infraestrutura do Estado Amapá (Seinf) declarou que já há 90% da obra concluída, faltando apenas a parte de acessibilidade e outras pendências. A Seinf informou também que a atual empresa responsável pela reforma terá seu contrato rescindido e uma nova empresa será contratada para finalizar a obra. Uma nota com essas explicações será emitida, fato que não ocorreu até o fechamento desta edição.