Atletas escolheram casa no Pacoval para torcer pelo Brasil, que avançou às oitavas de final do Mundial na França
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Jogo tenso, disputado. O adversário é um velho conhecido da torcida brasileira: a Itália de tantos confrontos históricos e dramáticos, e desta vez não foi diferente, na Copa do Mundo de Futebol Feminino que acontece na França. A reportagem do Portal SelesNafes.com recebeu o convite para acompanhar o jogo com quem mais entende do assunto: jogadoras profissionais. Assistimos ao terceiro jogo da Seleção Brasileira Feminina na casa da dona Marilda Brazão Tolosa, na Rua Amazonas, no Bairro do Pacoval. O local é conhecido como o “QG” do Estrelas Futebol Clube.
A equipe é vice-campeã do último campeonato estadual e multi-campeã nos torneios de arena. Ao todo já são 16 títulos conquistados em 8 anos de existência.
Jogadoras e amigos comentaram atuação da Seleção. Fotos: Marco Antônio P. Costa
“O primeiro tempo foi equilibrado, ainda que as melhores chances foram para a Itália. Nossa goleira, Bárbara, fez uma defesa muito importante”, afirmou Rosi Monteiro, 36 anos, presidente do Estrelas.
Segundo Rosi, a jogadora Tamires é protagonista do time, porque tem mais noção de marcação, faz as melhores assistências e tem uma visão de jogo melhor.
“Tem uma coisa nessa seleção. Realmente, não é a melhor que nós tivemos. Mas eu acho que há um boicote da CBF [Confederação Brasileira de Futebol] para a Seleção Feminina não deslanchar. O Vadão, o técnico, vem de nove derrotas antes da copa e eu pergunto, se fosse a seleção masculina, o país iria aceitar um técnico dirigir o time vindo de nove derrotas? Com certeza não”, exclamou Danielle Cordeiro, 35 anos, técnica do Estrelas Futebol Clube.
Após a vitória da Seleção Feminina, comemoração
Aos 29 minutos do segundo tempo, a atacante Debinha sofreu pênalti. Cobrado pela veterana Marta, o Brasil passou a frente no placar. A camisa 10 fez seu segundo gol na competição e o de número 17 em mundiais. Assim, ela se tornou a maior artilheira das copas do mundo entre homens e mulheres, ultrapassando o alemão Klose.
A tensão foi até o último minuto, quando a Itália teve uma falta perigosa que bateu na barreira e na devolução a goleira Bárbara afastou o perigo mais uma vez.
Camisa 10 da Seleção, Marta marcou de pênalti e virou maior artilheira das copas, entre homens e mulheres. Foto: UOL
Ao apito do árbitro, assim como na hora do gol, a festa tomou conta do Estrelas Futebol Clube. As jogadoras amapaenses, amigos e familiares comemoraram a passagem para as oitavas de final. As meninas do Estrelas preferem que o Brasil pegue a França na próxima fase e fique longe da Alemanha por enquanto. Elas afirmam que será difícil qualquer adversário, mas a casa da Dona Marilda já está marcada como ponto de encontro para assistirem ao jogo, como tem sido desde o primeiro.
Pela cidade, não identificamos aglomerados de pessoas assistindo ao jogo do Brasil.
