Empresário suspeito de planejar assassinato do sócio está foragido

Richardson Oliveira teria armado uma cilada para o sócio, que levou um tiro na nuca. Crime ocorreu no Distrito do Coração, em Macapá.
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Por RODRIGO INDINHO

A Polícia Civil do Amapá confirmou o envolvimento do empresário Richardson Oliveira na tentativa de homicídio e roubo ao sócio dele, o também empresário Antônio de Alcântara Queiroz Júnior, de 37 anos.

O crime ocorreu por volta de 21h da última sexta-feira (21), numa área conhecida como Matadouro, no Distrito do Coração, 3 km a oeste de Macapá. Antônio de Alcântara Queiroz Júnior foi baleado com um tiro na nuca. Apesar da gravidade do ferimento, ele sobreviveu, está lúcido e fora de perigo.

Richardson Oliveira é considerado foragido pela polícia

O caso é investigado pelo delegado George Salvador, da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Pessoa (Decipe). Ele confirmou ao Portal SelesNafes.com que Richardson Oliveira é considerado foragido.

Delegado George Salvador, da Decipe, conduz as investigações sobre o caso. Foto: Arquivo/SN

Segundo o delegado, até o momento, a investigação aponta uma dívida de aproximadamente R$ 30 mil entre os empresários como a principal motivação para o crime. A polícia trata o caso como tentativa de homicídio e latrocínio, já que o carro da vítima, um Hyundai Elantra, de numeração NEJ 7704, foi levado pelos acusados.

“Estamos na fase de ouvir testemunhas, coleta de provas, verificando se existem filmagens que possam nos ajudar a solucionar este crime”, reforçou o delegado.

Procurado

Conforme o delegado George Salvador, para a polícia, o suspeito de ser o mandante do crime é o proprietário de um frigorífico do bairro Pacoval, Richardson Oliveira. Ele teria feito uma sociedade com Antonio Queiroz Júnior, que atua no ramo de promoção de eventos, em alguns shows em Macapá.

Richardson Oliveira é procurado pela polícia, suspeito de planejar a morte do sócio

A polícia não detalhou, mas o portal SelesNafes.com confirmou com uma fonte ligada à família da vítima, que foi desta sociedade que Richardon começou a contrair débitos com Antonio Queiroz.

Somente do último evento feito em parceria entre os dois, em uma casa de eventos no bairro Santa Rita, na avenida Padre Júlio, região central de Macapá, Richardson teria ficado devendo R$ 16 mil ao sócio, que investiu o valor em compras de cartão de crédito para a realização.

O crime

Apesar do grave ferimento, Queiroz Júnior sobreviveu ao atentado. Ele está internado no Hospital de Emergência de Macapá desde a noite do crime. Antes de ser operado e sedado, ele estava consciente e contou à Polícia Militar como tudo aconteceu.

A vítima relatou que havia ido se encontrar com o amigo e sócio para receber o pagamento da dívida. Mas, o encontro era uma emboscada.

Vítima: Antonio Queiroz Júnior foi baleado com um tiro na nuca

Quando chegou ao local em seu carro, Antonio Queiroz destravou as portas do Hyundai Elantra. O sócio entrou no veículo, e sentou no banco do passageiro, enquanto um outro homem, que Queiroz Júnior não conhecia, entrou e sentou no banco de trás.

O sócio teria alegado que o desconhecido era um segurança, para resguardar a quantia que havia levado para quitar o débito. Contudo, quando Queiroz perguntou pelo dinheiro, o homem no banco de trás disparou. O tiro acertou a nuca, atravessou a cabeça e saiu pelo rosto.

Antonio Queiroz Júnior está internado no HE de Macapá, mas fora de perigo

Mesmo ferido, Antonio Queiroz destravou a porta do motorista e saiu do carro. Ele correu em direção a um matagal e lá ficou escondido. O sócio e o atirador ficaram dentro do carro. Eles ainda chegaram a entrar no mato atrás dele, mas Antonio conseguiu fugir. Ele caminhou pela mata até chegar à Vila do Coração, onde foi socorrido por uma moradora, que pediu apoio da polícia e socorro médico.

A vítima ratificou à Polícia Civil que o mandante do crime seria o seu sócio. Antonio não conhecia o outro homem, autor do disparo, mas conseguiu repassar as características dele aos policiais. Até o horário de publicação desta matéria, ninguém havia sido preso.

Fotos de capa: Divulgação

 

Seles Nafes
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