Por RODRIGO INDINHO
Está no Amapá parte da equipe do longa-metragem “Amanda”, que começará a ser gravado no Estado em julho de 2019. O longa terá a direção do amapaense Célio Cavalcante Filho, que também assina o roteiro original, junto com Diogo de Mattos e Rodolfo Valente.
O filme, orçado em cerca de R$ 5 milhões, será protagonizado pela atriz Mel Lisboa. Também estão no elenco Zezé Motta, Fábio Lago, Guilherme Hamacek, Deize Pinheiro e mais de 20 atores amapaenses. Cerca de 350 figurantes do Estado devem participar da obra.
No Amapá, as filmagens vão se concentrar em Macapá, arredores e em outros municípios ainda a serem definidos. (No fim da matéria tem a sinopse do filme).
“O trabalho faz uma reflexão do Brasil atual. A gente começa o filme em São Paulo, mas mostramos a cidade como a gente vê e vamos mostrar a Amazônia também pela nossa ótica. Acho que boa parte dos problemas do Brasil são pelo fato do brasileiro não se conhecer. Vamos retratar isso”, revelou Célio Cavalcante.
Segundo o diretor, o lançamento do filme ainda não tem data oficial definida.
“A gente filma a parte de São Paulo em julho, depois tem uma etapa de preparação e a gente filma aqui. De imediato vamos terminar de gravar e começar a montar e a partir do final de outubro já temos as primeiras entradas para festivais internacionais, depois os festivais nacionais, e, então, o circuito comercial de cinema”, assegurou.
O trabalho é produzido pela Amora Filmes com o apoio das produtoras associadas Grifa filmes e Eastside câmera services.
O financiamento é misto. O filme venceu o 1º Edital de Produção Audiovisual do Amapá, um Edital Nacional chamado “Fluxo Contínuo” e foi selecionado pela Lei do Audiovisual. Além das três vias públicas, tem patrocínio direto de várias empresas do Sudeste e de fora do Brasil. No Amapá, a produtora ainda aguarda apoio local.
A equipe, com mais de 30 profissionais amapaenses, conta com diversos nomes de outros centros, como o diretor de fotografia Martin Moody, que realizou mais de 50 produções com diretores de fotografia de filmes premiados.
Martin Moody foi um dos 9 selecionados, concorrendo com profissionais do mundo todo para receber o prêmio “Emerging CInematographer Awards” da respeitadíssima ASC (American Society of Cinematographer), a mais tradicional associação de diretores de fotografia de Hollywood.
Com mais de dez anos de experiência entre filmes, videoclipes e comerciais, Martin está sempre buscando expandir seu conhecimento.
“É um desafio muito grande, tudo é diferente dos trabalhos feitos nos Estados Unidos. Aqui os lugares têm atrativos criativos e técnicos, isso e o roteiro forte me atraíram muito”, falou em inglês, Martin.
Compõe a equipe do longa-metragem também a produtora Rosana Oda (400 contra 1; 2 Coelhos), o técnico de som direto Márcio Câmara (Cinema, Aspirinas e Urubus; Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios); o diretor de produção Rodolfo Grec (Turma da Mônica, Laços, O doutrinador, A busca) entre diversos profissionais da elite do cinema nacional.
Sinopse
Em meio à crise política, a história quer mostrar um lado dos brasileiros no qual usam como armas as redes sociais e saem para as ruas em protestos na defesa de opiniões e lados, sem ouvir o outro, mas focados em pessoas preocupadas com o bem comum e que respeitam as diferenças.
Com anos de vivência na capital amapaense, Amanda retorna a São Paulo, cidade de origem, para fazer doutorado. Ao reencontrar velhos amigos, ela decide dar uma nova chance ao antigo namorado, Miguel. Ela retoma as lutas sociais e ao forte engajamento político.
Após um trágico acidente, Miguel e Eduardo, irmão da Amanda, partem para o norte do Brasil em busca de saber sobre as experiências da protagonista. No entanto, a viagem se torna o encontro com eles mesmos e antigos ideais, além do contato com o universo desconhecido da Floresta Amazônica, resgatando valores perdidos de um país que ainda pode dar certo.
Foto de capa: divulgação