Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Na tarde de sábado (20), o Parque do Forte, no Centro de Macapá, recebeu o 2º Esquenta de Bateras, evento que reuniu músicos bateristas do estado para uma troca de experiências e discussões sobre o cenário musical local.
Com várias baterias montadas e com dezenas de bateristas se revezando nas performances, o evento chamou a atenção dos curiosos, que, de longe, conseguiam ouvir as intervenções musicais. O encontro também serve para reunir músicos das mais variadas idades.
“Tenho 12 anos e toco bateria desde os 9. Eu queria tocar desde pequeno, sempre gostei de fazer barulho, não sei explicar bem o porquê, e assistia a vídeos de bateria na internet, mas, minha avó e minha mãe não tinham transporte para me levar às aulas, até que a mamãe conseguiu um cartão de passe para mim e eu comecei a ir para o centro. Depois disso, nunca mais parei”, contou João Batista Ribeiro Carvalho, que recebe o apoio dos pais e gosta de tocar ritmos como o arrocha.
Assim como outros instrumentos, na bateria, o despertar do músico geralmente ocorre ainda na infância, tanto que um dos organizadores do evento, Felipe Mattielo, tem apenas 25 anos, mas, se considera com alguma experiência por ter começado a tocar com 6 anos de idade.
“A ideia é reunir a galera para trocar informações. Por exemplo, se eu tenho algo novo para mostrar para o restante do pessoal, aqui é o espaço e os outros fazem a mesma coisa. Acho que agora já tem mais de 30 ‘bateras’ aqui, muitos de igreja, como eu, que é um espaço de onde saem muitos músicos aqui do Amapá. E é bom, porque tem os mais antigos, bem mais que eu, que nos passam muitas coisas, e tem esses bem mais novos, que você pode ver que já tocam muito bem, e, assim, vamos garantindo o futuro e a melhoria do cenário”, declarou o baterista Felipe.