Por SELES NAFES
Ofirney Sadala (PHS) não tem escondido de ninguém que está descontente com a vida de prefeito de Santana, cidade a 17 km de Macapá. Pelo menos por enquanto, a ideia dele é não concorrer à reeleição no ano que vem.
Sadala é o dono do único cartório de Santana, e ainda concorre simultaneamente em 4 concursos para tabelião nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Num deles, ele já passou em todas as etapas, faltando apenas a prova oral.
Antes de ser prefeito, Sadala passou em vários concursos públicos, entre eles o de juiz de direito, cargo que renunciou ao ser aprovado para tabelião e fundar o próprio cartório na cidade onde mais tarde se tornaria prefeito.
Se for aprovado de novo, agora em outro Estado, ele tem dito a amigos que não irá concorrer à renovação do mandato. Assédios, “propostas indecentes”, conflitos políticos, e falta de dinheiro para asfaltar a cidade, estão entre os motivos. O salário de R$ 12 mil, que ele considera baixo, também é outra desvantagem, tem dito.
Com exceção de algumas ruas asfaltadas pelo governo do Estado entre 2017 e 2018, a cidade está tomada pela buraqueira. Nem as ruas e avenidas mais tradicionais, como a Ubaldo Figueira, escapam da penúria.
Só agora a prefeitura conseguiu recursos que totalizam R$ 50 milhões para asfalto, fruto de emendas parlamentares. As obras, que começam em agosto, deverão dar um novo fôlego político ao prefeito, que já pensa num sucessor.