Após salvar cão ferido com terçadada, policiais procuram novo lar para o animal

Doações após mobilização em rede social ajudaram a pagar o tratamento do animal ferido com golpe de terçado
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A chegada até o Ciosp do Pacoval de um cachorro atingido por golpe de terçado na região da cabeça, em uma briga, fez com que o policial civil Keith Lujer e seus colegas de plantão criassem uma mobilização para tratar do ferimento do animal. 

O cão e um homem que foi atingido, e que seria o alvo do agressor, chegaram até a delegacia na tarde de domingo (18). O fato se deu no bairro Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá, quando um indivíduo tentou atacar a vítima com a arma branca e encontrou a resistência do corajoso canino.

Ferido durante briga, o animal foi cuidado após chegar no Ciosp. Foto: reprodução

A equipe da Polícia Militar, liderada pelo sargento Jorge Sá, conduziu os envolvidos na briga ao Ciosp para registrar a ocorrência. O cachorro, que estava sangrando, foi levado junto. Após a realização de audiência de custódia, o agressor foi solto.

Keith Lujer era o chefe do plantão policial. Ele contou que os colegas o avisaram que havia um cachorro gravemente ferido na ocorrência. O policial de 25 anos de carreira revelou que até ficou relutante em ir ver a cena, pois sabia que aquilo iria mexer consigo. Mas não teve jeito.

Equipe de plantão na delegacia inciou mobilização em prol do animal. Foto: reprodução

Mobilização e ajuda

As fortes imagens mobilizaram policiais, amigos, organizações de defesa animal e sociedade em geral, para ajudar o cão ferido. A partir daí, o policial disponibilizou sua conta bancária e os pedidos de ajuda começaram a ser enviados via rede sociais. O cachorro foi levado ao médico veterinário e iniciou seu tratamento.

“Atingiu as regiões frontal e temporal da cabeça do animal, causando lesão perfuro cortante e fratura na caixa craniana, possibilitando a visualização da massa cerebral”, explicou o policial civil.

Medicamentos comprados após campanha nas redes sociais. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

Busca por um novo lar

As informações são desencontradas sobre quem seria o dono do cão. A primeira informação que a polícia recebeu é que ele pertence à irmã da vítima de agressão, mas o homem foi embora do Ciosp sem levar o cãozinho e ninguém apareceu para reclamar sua posse. Por outro lado, o agente Lujer acredita que o animal pode ser um cachorro de rua, pelo estado em que se encontrava: sujo, magro e anêmico.

O estado de saúde do cãozinho é estável e o mesmo se encontra em recuperação na casa do policial civil Keith Lujer, onde deve permanecer por cerca de duas semanas. A expectativa é encontrar um lar adotivo permanente para o animal.

Policial civil Keith Lujer: agora a batalha é para conseguir um novo lar para o cãozinho. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

“Eu quero agradecer as pessoas que participaram direta ou indiretamente, meus colegas de armas, delegados, agentes, oficiais, a minha equipe plantonista no comando do delegado Wendson e em particular ao meu colega Márcio Cantuária, que participou arduamente junto comigo pra cá e para lá e até agora estamos nos comunicando para resolver as questões. E agradecer também as pessoas que, mesmo após o ocorrido, estão ligando pra saber e dando apoio. Que esse gesto sirva de exemplo para as pessoas não maltratarem os animais”, destacou o policial

As doações realizadas até o momento foram suficientes para arcar o tratamento veterinário completo, a compra de medicamentos e para pelo menos uma semana de cuidados do animal.

Seles Nafes
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