Por SELES NAFES
Perto de completar três meses na condição de foragida, a ex-deputada federal Jozi Araújo (Podemos-AP) acaba de sofrer mais uma derrota na Justiça. Desta vez, um desembargador federal confirmou decisão de primeira instância e manteve a prisão preventiva dela.
O desembargador Hilton Queiroz, do Tribunal Regional Federal 1ª Região (TRF1), concordou com a decisão de primeira instância que considerou a ex-parlamentar a líder de uma organização criminosa criada há mais de 10 anos para controlar a Federação das Indústrias do Amapá (Fieap).
No dia 29 de maio, a Polícia Federal no Amapá deflagrou a Operação Sindicus, com cumprimento de mandados de prisão para diretores de sindicatos ligados à indústria e à ex-deputada que comandou a Fieap, entre os anos de 2013 e 2017.
De acordo com o MPF e a PF, esses sindicatos foram criados de forma fraudulenta com o objetivo fraudar a eleição marcada para este ano, quando Jozi, supostamente, planejava voltar a ser presidente da federação. No ano passado, com pouco mais de 3,5 mil votos, ela não conseguiu renovar o mandato na Câmara.
A defesa vem pedindo a revogação da prisão argumentando que a ex-parlamentar é mãe de uma criança de três anos que precisa de seus cuidados.
No entanto, o magistrado citou palavras do juiz de primeira instância que negou o habeas corpus, por considerar que os investigados não “têm interesse em contribuir com os órgãos de persecução penal ou mesmo com o Judiciário, uma vez que se mostram contumazes na prática delitiva dos crimes então apurados”.
Jozi segue foragida, e com o nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol por ordem da justiça. Isso significa que ela poderá ser presa em qualquer país.