Mercado Central: expectativa de comerciantes aumenta com o avanço das obras

Comerciantes da entrada do mercado foram realocados com a promessa de conclusão de obra em 45 dias
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

As obras de reforma do Mercado Central de Macapá, no centro da capital, entrou na sua reta final. Quem passa na Rua Cândido Mendes, em frente ao local, já pode ver que os barracões de madeira que estavam improvisados foram retirados.

Na área onde estavam os barracões, agora há um serviço de terraplanagem e os comerciantes foram deslocados para o Mercado do Peixe, que tem entradas pela Rua São José e pela Avenida Antônio Coelho de Carvalho.

Obra passou para a área externa do mercado. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

Fundado em 1953 pelo então governador Janary Gentil Nunes, o mercado foi por décadas o principal entreposto de comercialização de produtos agrícolas que chegavam à cidade pelo Canal das Docas da Fortaleza ou pelo Trapiche Eliezer Levy.

As atual reforma começou em 2015 e sofreu várias paralisações. A data da reinauguração, que já mudou diversas vezes, ainda não foi divulgada. A última data prevista havia sido para abril deste ano.

Lateral do prédio que está em fase de acabamento

Comerciantes

Com o passar dos anos, o entorno e as dependências do Mercado Central e do Mercado do Peixe foi sendo ocupado por comércios dos mais variados possíveis. Além de pequenos restaurantes, é possível encontrarmos gente que conserta máquina de costura, tradicionais barbearias, bares, farmácias, lojas de roupas e outras atividades.

“Lá fora pra gente estava melhor, sente como está quente aqui dentro. Por favor, avisa aos meus clientes aí que a reforma tá acabando. Diz pra eles virem passar calor comigo aqui esses dias e quando o mercado for reinaugurado a gente vai continuar junto lá dentro, só o file”, declarou em tom de bom humor a comerciante Raimunda das Graças Costa Amorim, a Graça.

Raimunda das Graças Costa Amorim (comerciante):

Graça e os demais comerciantes foram realocados na quarta-feira (7) com a promessa de que a obra durará, no máximo, mais 45 dias.

Outro comerciante tradicional da área que está empolgado com a fase final das obras, é o barbeiro Walter Almeida, de 52 anos. Nascido em Santa Inês, no Maranhão, Walter, ou simplesmente “Maranhão”, está no Amapá há 27 anos, o mesmo tempo em que administra a barbearia.

“Essa barbearia está aqui desde a fundação. Criei meu filho que está aqui comigo hoje através dela. Que bom que as obras estão sendo concluídas, vai ficar muito melhor”, declarou o barbeiro ao lado do filho, Danilo Almeida, de 30 anos.

Walter Almeida (direita) e o filho, Danilo Almeida: barbearia tradicional

Também contente com o fim das obras, seu Alonso Campos Batista, de 50 anos, expressa uma preocupação: o calor. Ele conserta máquinas de costura dentro do Mercado do Peixe e seu box tem uma janela, uma espécie de balcão e entrada de ar para a Rua São José.

“Eu estou feliz que as coisas estão se encaminhando, mas eles disseram que vão fechar essa janela que temos hoje, a minha e de mais quatro pessoas, por causa do paisagismo. Eu não sou contra o paisagismo, mas poxa, você está sentindo o calor e se a gente fechar tudo duvido algum cliente vir aqui dentro. Eu peço que olhem isso”, lamentou o amapaense morador do Bairro Universidade.

Alonso Campos Batista: preocupação com o calor

Semob

A Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semob) está elaborando uma nota pública com as informações oficias acerca da obra e dos prazos. Até o final desta edição, a nota ainda não tinha sido enviada.

Seles Nafes
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